A entrada da mulher no mercado de trabalho, em meados do século passado, e sua conseqüente emancipação financeira fizeram com que o gênero feminino passasse a ocupar um lugar diferente na sociedade, assumindo cargos profissionais e tarefas diárias que eram exclusivas dos homens.
Mas a diferente posição feminina parece não ser suficiente para provocar uma mudança na mentalidade machista e muitos homens insistem em tratar as mulheres como propriedade, seres incapazes de tomar decisões e prontas a servir aos desejos deles.
Por ser um problema eminentemente cultural, mesmo com leis específicas para combater esse comportamento, casos de agressões continuam frequentes. Comprovando o alto índice deste tipo de violência, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estima que cinco mulheres sejam agredidas violentamente no Brasil a cada dois minutos.
Em 2010, mais de 1,3 milhão de mulheres foram vítimas de covardes ataques à dignidade e ao longo da década passada, os dados da entidade apontam para um total de 7,2 milhões de brasileiras vítimas de abusos.
Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Nordeste é a região brasileira com a maior parte das denúncias, concentrando 37% do total, seguida pelo Sudeste, com 35%. Na relação denúncia por número de habitantes, o Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de registros no primeiro trimestre de 2011, tendo sido efetuadas 13,29 denúncias para cada 100 mil habitantes, de janeiro a março deste ano.
Mas a diferente posição feminina parece não ser suficiente para provocar uma mudança na mentalidade machista e muitos homens insistem em tratar as mulheres como propriedade, seres incapazes de tomar decisões e prontas a servir aos desejos deles.
Por ser um problema eminentemente cultural, mesmo com leis específicas para combater esse comportamento, casos de agressões continuam frequentes. Comprovando o alto índice deste tipo de violência, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estima que cinco mulheres sejam agredidas violentamente no Brasil a cada dois minutos.
Em 2010, mais de 1,3 milhão de mulheres foram vítimas de covardes ataques à dignidade e ao longo da década passada, os dados da entidade apontam para um total de 7,2 milhões de brasileiras vítimas de abusos.
Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Nordeste é a região brasileira com a maior parte das denúncias, concentrando 37% do total, seguida pelo Sudeste, com 35%. Na relação denúncia por número de habitantes, o Rio Grande do Norte é o estado com o maior número de registros no primeiro trimestre de 2011, tendo sido efetuadas 13,29 denúncias para cada 100 mil habitantes, de janeiro a março deste ano.
Para a titular da coordenadora da Coordenadoria da Defesa dos Direitos da Mulher e das Minorias (Codimm), Erlândia Mendes, a maioria das pessoas acha que violência contra a mulher é apenas matar ou espancar, mas essa concepção é equivocada. O abuso se manifesta em comportamentos simples, como o homem tenta impedir que a esposa utilize determinado batom, saia com as amigas, curse uma faculdade, ou seja, tome as próprias decisões.
“Isso ocorre porque muitos consideram a mulher um objeto de sua propriedade, em vez de uma pessoa, com sentimentos e, principalmente, vontades”, explica.
De acordo com Erlândia, a subordinação da mulher assume diversas maneiras: simbólica, psicológica, moral e física. Uma das principais características comuns a todas estas formas de violência é que quase sempre elas são praticadas no contexto doméstico, no interior do lar ou no âmbito da relação conjugal.
“A violência psicológica é uma das mais graves e dificilmente é denunciada, justamente porque as pessoas têm a idéia de que atitudes como proibir a mulher de sair não é considerada um abuso. Mas se o comportamento violento for coibido desde as primeiras e mais ‘inofensivas’ manifestações, muitas mortes podem ser evitadas”, ressalta.
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