Foi constatado que Odelmo Rodrigues, presidente da Câmara de Assu, cometeu outros tipos de crime.
A Operação Mal Assombro teve novos desdobramentos, visto que o Ministério Público realizou nesta terça-feira (23) uma operação conjunta nas cidades de Assu e Natal, cumprindo 16 mandados de busca e apreensão e 4 de prisão temporária.
Inicialmente, a operação investigava os grupos de extermínio da região do Vale do Açu e em Natal. O presidente da Câmara Municipal de Assu, Odelmo de Moura Rodrigues, se encontra preso e é acusado de estar envolvido com esses grupos
Mas, foi descoberto que Odelmo está relacionado com outras práticas criminosas, entre elas está formação de quadrilha, falsidade ideológica e uso de “laranjas” em empresas de sua propriedade. Também foi constatado que ele cometeu crime contra o patrimônio público, visto que foi detectado fraudes em licitações públicas.
Participaram da operação 10 equipes da Policia Civil. Dos quatro mandatos de prisão, foram realizados apenas dois. Os envolvidos nos supostos crimes de Odelmo são Cleiton Fernandes de Farias (proprietário da CF de Farias Transportes Ltda.), Evilácio Freire da Silva Bezerra (proprietário da Renascença Empreendimentos Ltda) e Karielson Soares Medeiros (sócio oculto da Construtora KM Ltda).
A empresa CF de Farias foi contratada para a realização da reforma da Câmara de Vereadores do município. Ministério Público afirma que Odelmo de Moura Rodrigues é sócio oculto da empresa CF de Farias, a qual contratou, enquanto presidente da Câmara, sem qualquer procedimento licitatório para realizar a reforma.
Rodrigues também é sócio oculto da empresa Biena Construções e Empreendimentos Ltda, a qual manteve contratos com a Prefeitura de Assu.
Todos estes fatos foram apresentados ao Poder Judiciário em denúncia ajuizada pelo Ministério Público, tramitando o processo perante a Vara Criminal da comarca de Assu. O MP pede a condenação de Odelmo de Moura Rodrigues pelos crimes citados.
Também foi determinado o afastamento das funções do ex-presidente da Câmara Municipal de Assu/RN Odelmo de Moura Rodrigues, não podendo ele: a) exercer qualquer ato pertinente às funções de vereador da cidade de Assu; b) ingressar nas dependências da Câmara Municipal de Assu; c) ter contato por qualquer meio com as testemunhas do processo. Na eleição de 2012, o Odelmo se reelegeu vereador e foi o candidato mais votado da cidade.
O Ministério Público confirmou que os documentos que comprovam essas acusações estão aqui em Natal, na Procuradoria Geral de Justiça, no bairro de Candelária.
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