NATAL: POPULAÇÃO SE REVOLTA COM A GREVE DOS MOTORISTAS

As paradas da zona norte de Natal estiveram lotadas de usuários que esperaram pelos poucos ônibus que circulam na Capital e Região Metropolitana. Para tentar não chegar atrasado no emprego, muitos trabalhadores saíram de casa por volta das 5h da manhã de hoje, dia 23/06, mas não adiantou.

“Cheguei na parada ainda estava escuro, mas os ônibus não passam. O primeiro carro veio passar depois das 6h e estava tão cheio que o motorista nem parou”, disse o metalúrgico, Odair José da Silva, que deveria está no trabalho às 7h da manhã, mas já passava das 7h30 quando conversou com a equipe da Tribuna do Norte e ainda no ponto de ônibus.

Dezena de usuários do transporte coletivo estão nessa mesma situação. “Eu tenho cinco opções de ônibus, mas não passou nenhum. Nem alternativo dá para pegar porque eles não recebem o cartão de passagem”, disse o zelador Marcelo Barbosa de Costa, que chegou na parada de Igapó às 4h40 da manhã.

Teve até um príncipio de protesto em Igapó. Revoltados a demora dos ônibus, a população queria fechar a ponte, no trecho zona Norte-Centro. Uma pessoa chegou a ficar no meio da avenida, mas foi retirada para evitar acidente. “A gente tem que protestar, esse povo faz o que quer com a população porque ninguém faz nada”, reclamou o ASG, Lenildo Alves Vieira. A tentativa de prostesto não atrapalhou o trânsito no local, que permaneceu lento, mas sem congestionamento.

ALTERNATIVOS E TRENS SÃO AS OPÇÕES

O primeiro dia da greve dos motoristas de ônibus está prejudicando não só os usuários do transporte coletivo. Com a redução da frota, aumentou a procura pelos alternativos e trens.

Por volta das seis horas da manhã de hoje (23), as vans já circulavam lotadas. Para complicar ainda mais, os trens sairam atrasados. O trem que deveria passar às 6h10 na estação do Nova Natal, ainda nem tinha chegado em Ceará-Mirim, cidade pertencente a Grande Natal, nesse horário.

“Os trens não vão poder levar todo esse povo. Não cabe essa gente toda. Alguém tem que ajudar os usuários dos coletivos. Os sindicatos fazem o que quer”, reclamou Luciano Neves Duarte.

Fonte: carnauba verdade