O Americano fez um rap para o Rei do Pop, uma letra que fala de sucesso e saudade. E olha a sorte da brasileira. "A minha mãe, que não sabe mexer na internet. Eu entrei no e-mail dela e estava lá 'congratulations'", conta a estudante Gabriela Araújo. "Eu não dormi a noite inteira. Eu estou super feliz e me sinto sortuda", afirma a dona de casa, Eva Maria de Araújo. Às 08h20, na hora local, a família e os amigos íntimos do cantor começaram a chegar ao cemitério Forest Lawn, em Los Angeles. A imprensa ficou do lado de fora e acompanhou o evento do alto. A cerimônia particular foi curta. Meia hora mais tarde, dava para ver, pela primeira vez o caixão de Michael Jackson, feito de cobre e banhado a ouro. O carro com o corpo do astro seguiu pelas ruas de Los Angeles, uma das cidades mais congestionadas do mundo, mas que nesta terça-feira estava completamente livre para a passagem do cortejo de mais de 30 carros. Enquanto isso, os fãs já estavam entrando no ginásio, com capacidade para 20 mil pessoas, para participar da cerimônia de despedida de Michael Jackson. Mais uma vez, as equipes de TV não puderam entrar.
O repórter acompanhou o evento com uma câmera portátil, como a maioria dos fãs. Apesar da multidão, o lugar estava silencioso. O primeiro a falar foi o cantor Smokey Robinson, que leu duas cartas de amigos de Michael. A cantora Diana Ross e o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. As pessoas esperaram em silêncio por mais 20 minutos até o caixão entrar no ginásio, carregado pelos irmãos Jackson e recebido por uma salva de palmas. No mesmo momento vários fãs começaram a chorar alto. Uma emoção que contagiou toda a platéia. Ao som de um coral gospel, o caixão foi colocado em frente ao palco. A primeira apresentação foi de Mariah Carey, que cantou um dos sucessos dos Jackson Five. A atriz Queen Latifa apareceu de surpresa e falou que representava todos os fãs que cresceram ouvindo Michael Jackson e foram inspirados por ele. Lionel Ritchie, parceiro de Michael na letra "We Are The World", cantou a música "Jesus Is Love", Jesus é amor. Berry Gordon, fundador da Motown, a primeira gravadora a assinar com o Jackson Five, disse que Michael tinha duas personalidades. Em particular, ele era tímido, no palco ele se transformava. No telão, um clipe mostrou um apanhado da vida de Michael. O amigo Stevie Wonder disse que preferia não ter vivido para ver este momento. Os jogadores de basquete Kobe Bryant e Magic Johnson falaram sobre o lado humanitário de Michael Jackson. Magic Johnson lembrou de várias histórias com o ídolo e disse que se tornou um jogador melhor por influência de Michael. A homenagem inteira foi cheia de emoção, mas o ápice, foi final, no depoimento da filha de Michael, Paris Jackson, de apenas 11 anos. Só quero dizer que desde que eu nasci, papai foi o melhor pai que se pode imaginar". E completou: "Eu só queria dizer que o amo muito".
Fonte: Jornal da Globo
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