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sexta-feira, 17 de julho de 2009

O Ministério da Saúde confirmou a morte de sete pessoas por gripe suína

Agora são onze os mortos desde os primeiros relatos da doença. As vítimas moravam no Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com o último boletim do Ministério, divulgado na quarta-feira, mais de 1.100 pessoas contraíram o vírus desde maio.

Em todo o mundo, são quase 120 mil contaminados e pouco menos de 600 mortos. O Brasil é o oitavo país onde a nova gripe mais matou gente.

Sete mortes em uma semana. No dia 8, um comerciante que não teve a identidade revelada, de 42 anos, morreu em Passo Fundo, no norte do Rio Grande do Sul. Ele sofria de hipertensão.

Dois dias depois, no mesmo hospital, mais uma vítima. Um garçom, de 30 anos, também hipertenso. "São pacientes que embora não tenham um histórico de contágio com pessoas que tinham a infecção, eles tiveram uma insuficiência respiratória aguda", afirma o médico Rosemar Stefanon.

Uma viagem de avião sem sair do Brasil. Até agora, a única pista sobre um possível local de contaminação do jovem que morreu em Osasco, região metropolitana de São Paulo.

No dia 1º de julho, um estudante, de 21 anos, foi internado com quadro de pneumonia. No sábado, ele não resistiu e morreu. No mesmo dia, outra morte. Desta vez, em Santa Maria, na região central do Rio Grande do Sul. Um operário, de 36 anos. Segundo médicos, ele era diabético, hipertenso e tinha problemas cardíacos.

Três dias depois, no Rio de Janeiro, a quinta morte em uma semana. Uma mulher, de 37 anos, que não viajou para o exterior recentemente. Ela foi internada no dia 7, também com quadro de pneumonia.

Apesar da confirmação de mortes no Rio de Janeiro e em São Paulo, a situação mais crítica é no Rio Grande do Sul. O governo gaúcho anunciou nesta quinta-feira a criação de um comitê para conter o avanço da doença e liberou R$ 4 milhões para a compra de antibióticos.

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná também pediram o apoio das Forças Armadas para controlar a circulação nas fronteiras. "O Rio Grande do Sul tem o inverno, uma situação diferente do resto do Brasil, aqui tem o frio muito grande, aumenta muito as doenças respiratórias no inverno", afirma o Secretário de Saúde, Osmar Terra.

Na quarta-feira, um segurança de 26 anos morreu no Hospital Universitário de Santa Maria. Os parentes dizem que ele teria recebido o diagnóstico de gripe comum. "Tinha febre, tinha dor no corpo, todos os sintomas da gripe suína", diz um familiar.

A internação só aconteceu quando o caso se agravou. "Não temos como internar pacientes graves de pneumonia pela gripe e nós não temos leitos disponíveis", disse o médico. Nesta quinta-feira a última das sete mortes anunciadas durante a tarde. Um caminhoneiro, de 35 anos, que sofria de obesidade.

Na entrevista coletiva, o Ministro da Saúde José Gomes Temporão confirmou que a menina de onze anos que morreu em Osasco, no fim de junho, contraiu a doença sem ter viajado ao exterior nem ter tido contado com estrangeiros. "No dia de hoje estamos confirmando o primeiro caso de transmissão da Influenza A no Brasil sem esse tipo de vinculo. Trata-se de um paciente do Estado de São Paulo que morreu no dia 30 de junho. Essa caso nós dá a primeira evidência que o novo vírus circula no território nacional".

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