Com atraso de sete meses desde que a Petrobras expôs a necessidade de aumentar em 15% o preço da gasolina e do óleo diesel, o governo federal autorizou ontem a empresa a reajustar, a partir da meia-noite desta quarta-feira, o valor cobrado pelos combustíveis nas refinarias.
A gasolina aumentou 6,6%. O diesel, 4,4%.
O informe sobre o aumento foi divulgado à noite pela petroleira, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliário (CVM).
"Esse reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo", diz a Petrobras no comunicado.
A companhia avisou ao governo no ano passado, quando da elaboração do Plano de Negócios vigente, que precisaria reajustar a gasolina e o diesel em 15%, de forma a conseguir financiar os investimentos de US$ 236,5 bilhões previstos para o período 2012-2016.
Em 25 de junho, a gasolina foi reajustada nas refinarias em 7,83%. Agora, faltaria cerca de 7% para que a pretensão da estatal fosse atendida. O diesel recebeu dois reajustes desde então.
Um de 3,94%, em 25 de junho e outro de 6%, em 16 de julho. Apesar de o porcentual de reajuste da gasolina ser pouco abaixo do previsto no Plano de Negócios, o aumento concedido no diesel poderá compensar o resultado. O diesel é o combustível com maior impacto no balanço da companhia.
O reajuste não acaba com a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pelas refinarias da Petrobras em relação ao mercado internacional, mas garante a continuidade de projetos e investimentos.
No ano, o principal índice de inflação do País deverá subir 0,3 ponto porcentual por causa dos combustíveis. O reajuste de 5,3% na gasolina elevará o preço do produto em Natal para cerca de R$ 2,90.