Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (30), o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), criticou o reajuste no preço do combustível anunciado pela Petrobras e disse que o aumento da gasolina anula, no bolso do contribuinte, a redução das tarifas da energia elétrica, recentemente divulgada pelo Executivo. Segundo o líder do partido no Senado, da mesma forma que a presidente Dilma Rousseff ocupou a rede nacional de televisão para falar da redução das tarifas de energia, o Brasil espera uma manifestação da chefe do Executivo sobre o aumento no combustível.
“Uma ação acabou por anular a outra. Espera-se, portanto, a manifestação da presidente Dilma Rousseff, semelhante à adotada quando do anúncio das novas tarifas, para que as medidas claramente contraditórias se tornem compreensíveis”, frisou o senador. A partir de hoje, o preço do combustível vendido nas refinarias às distribuidoras sofrerá aumento de 6,6% na gasolina e 5,4% no óleo diesel. O reajuste – que deve injetar R$ 600 milhões mensais no caixa da Petrobras - certamente será repassado ao consumidor.
“Uma semana depois, quase em silêncio, é a vez de o governo determinar o aumento dos combustíveis para socorrer a Petrobras, por anos mal administrada. A decisão ainda foi tomada após seguidas medidas de indução à compra de automóveis, principalmente por brasileiros de menor renda”, lembrou o líder do Democratas no Senado.
Veja na íntegra a nota oficial do senador José Agripino sobre o reajuste do combustível
NOTA
“Com grande ênfase, o governo anunciou a redução das tarifas de energia elétrica. A medida é bem-vinda, mas pairam dúvidas sobre sua sustentabilidade. Mais ainda, sobre a confiabilidade em novos investimentos.
Uma semana depois, quase em silêncio, é a vez de o governo determinar o aumento dos combustíveis para socorrer a Petrobrás, por anos mal administrada. A decisão ainda foi tomada após seguidas medidas de indução à compra de automóveis, principalmente por brasileiros de menor renda.
Uma ação acabou por anular a outra. Espera-se, portanto, a manifestação da presidente Dilma Rousseff, semelhante à adotada quando do anúncio das novas tarifas, para que as medidas claramente contraditórias se tornem compreensíveis”.
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