Evanildo Belízio Silva, 58 anos, faleceu em consequência da demora no atendimento.
Um fato revoltante aconteceu na última sexta-feira (04) na cidade de Currais Novos, mais precisamente no Hospital Regional, quando um homem de 58 anos perdeu a vida após, segundo familiares, negligência no atendimento por parte da entidade de saúde.
Os familiares do falecido procuraram o blog para relatar o ocorrido. De acordo com o pai do paciente, o senhor Omar Belízio, de 89 anos, seu filho, Evanildo Belizío da Silva, de 58 anos, tinha histórico de problemas cardíacos e teria passado mal por volta das 9h da manhã de sexta. Assim, procurou o Hospital em busca de atendimento. Chegando lá foi atendido depois de algum tempo. O paciente teria relatado que tinha problemas cardíacos, no entanto o mesmo foi apenas medicado com um “comprimido e uma injeção” e logo após liberado para ficar na recepção da emergência. Ele teria passado cerca de uma hora na recepção do hospital ainda passando mal e pedindo para ter de volta o atendimento médico.
Nesse intervalo de tempo, seus familiares juntaram alguns exames antigos que comprovavam seu histórico de problemas cardíacos para que o mesmo pudesse ter um atendimento mais qualificado, já que o paciente sofria há pelo menos uma hora sentado ao lado da porta do banheiro da recepção da emergência, além de seu pai, um idoso de 89 anos, os demais pacientes que aguardavam atendimento médico imploravam para que os profissionais da área voltassem a atendê-lo. Pois bem, segundo eles, após muita pressão por parte dos familiares e de pessoas que estavam lá vendo o paciente morrer, mostrando inclusive exames comprovando os problemas cardíacos do enfermo, é que ele foi encaminhado para o atendimento médico por Dr. Marcone, que de imediato solicitou um eletro e um exame de sangue e o encaminhou para a sala de repouso, e não para a UTI. Após a realização do eletro, a enfermeira teve pressa em mostrar ao médico, só que já era tarde demais, seu Ivanildo teve um infarto agudo do miocárdio e mesmo sendo reanimado pelos médicos não resistiu, vindo a falecer.
Mas a revolta dos familiares não é só essa. Durante o tempo em que os parentes que o acompanhavam, e corriam contra o tempo buscando realizar alguns exames, inclusive um de sangue que teve que ser realizado em uma clínica particular, ao questionar a uma servidora do Hospital por que esse exame de sangue de urgência não era feito na própria instituição, a resposta da servidora, que segundo a família também não se mobilizou para ajudar em nada, foi de que o exame era feito no hospital e que a família procurasse a imprensa e colocasse uma “notinha”, culpando inclusive o fechamento do Padre João Maria. Enquanto isso, outra vida se perdia.
O blog entrou em contato com a direção do Hospital, enviamos inclusive o áudio com o depoimento dos familiares. No fim da tarde de hoje (09), recebi o retorno do Diretor Médico Dr. Giordano Souza que nos repassou algumas informações, e prometeu apurar todas as denúncias e repassar tudo para os familiares. Segundo ele, a demora no atendimento se deu a grande demanda de pacientes que procuram o Hospital diariamente. Sobre o não internamento na UTI ele nos informou que não existia leito sobrando, e que infelizmente é um dos grandes problemas não só do Hospital de Currais Novos, mas de todo o Brasil. Já sobre o exame de sangue, o diretor nos informou que há muito tempo o Hospital não faz os exames que foram solicitados pelo médico, que no caso foram CKMD e Troponina I.
Fonte:JeanSouza
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