O ambiente acadêmico é berço de ideias de vanguarda que farão diferença na sociedade e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte não é diferente. De uma parceria do Departamento de Computação e Automação com o Instituto Metrópole Digital surge o “Ortholeg”, um exoesqueleto dos membros inferiores que ajudará paraplégicos sem chances de recuperação a andar.
Em exibição no pavilhão 5 da Cientec, o aparelho é uma estrutura de alumínio e plástico autônoma, sem fios, com motores nas articulações do quadril e dos joelhos que realizam o movimento de caminhada pelo usuário. A estrutura que anda em linha reta tem seu controle feito por um botão e o equilíbrio garantido pela ajuda de muletas.
Adequado ao usuário de acordo com sua altura e comprimento de perna, o exoesqueleto se destaca também pelo preço. “O nosso objetivo é que o usuário use e que não fique extremamente caro. E diferente dos outros exoesqueletos, em que o usuário se adapta à prótese, a gente quer que a ortholeg se acostume ao usuário”, afirma Nicholas Melo, pós-graduando que faz parte da equipe de desenvolvimento da estrutura.
A ideia surgiu há cerca de seis anos, do projeto de mestrado do professor Márcio Valério, do departamento de engenharia mecânica, e ainda visa melhoras. “O que foi demonstrado aqui é só um protótipo que nós pretendemos desenvolver, melhorar todos os erros mecânicos e de interface com o usuário. A gente ainda pretende analisar os batimentos cardíacos, estresse muscular e fazer testes de consumo metabólico, pra saber quanto o usuário gasta com ou sem o dispositivo e qual é a melhor caminhada para o usuário”.
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