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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

CHUVAS NO INTERIOR DEIXAM NOVE AÇUDES COM CAPACIDADE ACIMA DE 50%

Dos 33 reservatórios monitorados pelo Dnocs, dois sangraram nesta semana. Previsão é de novas sangrias nos próximos meses.

A possibilidade de um inverno rigoroso em 2011, a contar das últimas chuvas caídas em todo o Rio Grande do Norte nos meses de dezembro de janeiro, começa a chamar a atenção dos produtores rurais e moradores do interior do estado. O volume de água em determinadas cidades como Jucurutu e Santa Cruz, para ficar em dois exemplos, demonstra que são grandes as chances de acontecer novas inundações como a registrada em 2008 no Vale do Açu, região onde se cultiva a fruticultura.

Dos 33 açudes monitorados no RN pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), nove apresentam capacidade acima de 50%, inclusive com duas “sangrias” confirmadas nos reservatório de Santa Cruz e Tangará. O volume médio de todas as represas do estado é de 63%. Entre os que apresentam os maiores volumes estão o Inharé, em Santa Cruz, com 72%, e o de Poço Branco e Cruzeta, com 62% e 65%, respectivamente. Os dados foram levantados entre 9 de novembro de 2010 e 28 de janeiro deste ano.

Entretanto, no Itans, em Caicó (50%), Mendubim (Santa Cruz), com 56% da capacidade e Pau dos Ferros, 44%, a situação ainda é estável. Mas no maior reservatório do RN, o Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, em Assu, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, a capacidade é de 68%, segundo levantamento publicado no dia 28 de janeiro deste ano pelo Dnocs.

Além do RN, o Departamento contra as Secas, analisa o volume armazenado nos açudes por estado coloca o Rio Grande do Norte abaixo do Maranhão, que tem uma média de volume dos reservatórios de 79%. O Piauí aparece em segundo com 62%, seguido por Ceará com 58% e Pernambuco com 47%. Não há registros até o momento da situação na Paraíba, Alagoas e Sergipe.

Contudo, dos mesmos 33 reservatórios acompanhados pelo Dnocs no RN, apenas 25 são monitorados com uma frequência maior. De acordo com João Guilherme de Souza Neto, supervisor técnico da autarquia, a explicação para o fato é que as áreas próximas de alguns açudes estão inacessíveis em virtude do grande volume de água.

Em outros reservatórios, como no Marechal Dutra, popularmente conhecido como Gargalheiras, em Acarí, o nivelamento é feito por batimetria, um estudo topográfico realizado de forma subaquática. No mais recente levantamento, foi registrado 21,4 milhões de metros cúbicos, equivalente a 53% da capacidade total.

Já na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), além dos 33 reservatório do Dnocs, estão compilados dados mais recentes da situação dos principais reservatórios do estado, alguns administrados por prefeituras

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