O prefeito de Assú, Ivan Júnior, rechaçou ontem no programa “Registrando”, da Rádio Princesa do Vale, de forma pontual, todas as acusações do ex-prefeito Ronaldo Soares, feita dias antes, também pelo rádio. Dirigido pelo jornalista Régis de Sousa, o programa é detentor de uma das maiores audiências da região do Vale do Açu e durante os quase 60 minutos da entrevista, centenas de pessoas estavam fora e dentro da rádio para se solidarizar com o prefeito.
Diante das acusações de má administração de verbas federais e de ter demitido pessoas ligadas ao ex-prefeito Ronaldo Soares, decano da política açuense, feitas pelo ex-gestor, o prefeito foi ao programa para refutar as acusações com o apoio de nove dos 10 vereadores da Câmara Municipal do Assú, que inclusive publicaram nota de solidariedade a Ivan Júnior, considerando que as acusações e denúncias eram fruto de especulação política de teor particular.
Entre outras coisas a nota lembra a agilidade do prefeito no trato da coisa pública, lembrando as suas ações em favor dos desabrigados pelas enchentes do ano de 2009 e afirmando que – ao invés da acusação vazia de Ronaldo Soares – A Prefeitura do Assú aplicou integralmente os recursos federais para sanar o sofrimento dos que foram atingidos pelas intempéries do tempo. Reafirma, também, a transparência como Ivan Júnior conduz a prefeitura e seu mandato, lembrando que o ex-prefeito acusa por acusar, apenas com objetivos políticos.
Respeito
“Sempre respeitei as pessoas e sempre lutei para trazer bons projetos para o Assú”, disse o prefeito no início de sua fala no rádio. “E isso, sem bater boca, que não é o meu estilo”, continuou. Depois, disse que defendeu um projeto para o Assú, porque não achava justo a região não ter um deputado estadual que a representasse na Assembleia Legislativa. “Defendi o projeto de eleição do deputado George Soares (PR), filho de Ronaldo Soares, e levei o seu nome para todo o Assú”, revelou o prefeito.
“Sonho com a minha cidade cada vez melhor. Por isso apoiei a candidatura vitoriosa de George Soares”, disse. “Mas, ao invés de um convite para ir a sua posse, recebi acusações e difamação da minha imagem”, lamentou Ivan Júnior. “Não esperava a ingratidão e a traição de Ronaldo Soares e George, o seu filho, porque eu cumpri o meu compromisso com George. O Vale do Açu precisava de uma cadeira na Assembleia Legislativa, embora, ao longo da campanha tenham me acusado de fazer corpo mole, o que não foi verdade e eles sabem disso”, completou.
Ivan Júnior disse que o imbróglio criado por Ronaldo Soares não iria lhe atrapalhar sua gestão. “Não vai me abalar nem causar nenhuma interrupção na dinâmica de administração que pratico”, disse. “Estou conversando com os meus advogados e vou levar o caso à Justiça para que minha honra não seja ferida”, prometeu.
Ajuda
Depois, o prefeito fez uma avaliação com relação às enchentes ocorridas no município. “Comecei a gestão com uma enchente. Fui a Brasília, ao Governo do Estado, procurei senadores, deputados estaduais e federais em busca de ajuda para o Assú, isso em 2009, porque em 2008, quando eu ainda não era prefeito, e sim meu acusador, não veio nada”, enfatizou.
“Todas as ações, todas as obras foram feitas com recursos emergenciais. Recuperamos 267 casas, recuperamos mais de 170 quilômetros de estradas, construímos uma adutora e casas”, historiou. “Assú nunca viu esses recursos antes de minha gestão e tudo fizemos dentro da orientação do governo. Dentro da legalidade”, relatou Ivan Júnior. “Temos planilha minuciosa de tudo o que foi feito”, disse. “É maldade informar o contrário”, lamentou, se referindo as denúncias do ex-prefeito. “Não se pode acusar sem saber do que está falando e sem provas. Fazemos prestação de contas parciais a todo o tempo”, lembrou.
“Nosso secretariado é competente e executa tudo com honestidade. Sempre pedimos aos órgãos de controle que nos ajudem. Nosso trabalho é correto e adequado as necessidades e os recursos estão assegurados”, disse, se referindo à acusação de que haveriam recursos bloqueados. Na verdade uma paralisação durante o período eleitoral, para cumprimento de Lei.
Recursos
O prefeito revelou que estava buscando novos recursos para obras que deveriam ter sido feitas em 2008, quando o prefeito era Ronaldo Soares. “Em 2009, no primeiro ano de minha gestão fizemos o que deveria ter sido feito, senão ficaríamos somente no discurso e de discurso o povo está cansado”, ironizou. “Em dois anos fiz mais do que o ex-prefeito fez em oito anos”, disse Ivan Júnior. “Nosso compromisso é não deixar nada sem ser feito”, completou.
“É difícil receber a traição e a ingratidão. Nosso deputado George – digo nosso porque ele é o representante do Assú -, está tendo problemas na aprovação de suas contas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Propus-me a ajudar, mostrei amizade, mas ele, ao invés disso, me ofendeu. Foi muito pesado”, lamentou.
Com relação ao estado de conservação da Ponte Felipe Guerra (BR101) o prefeito Ivan Júnior disse que pediu uma posição ao DNIT. “Quero saber se ela está segura mesmo, também, como está a segurança da Barragem Armando Gonçalves. Estou pedindo tudo isso sozinho porque o deputado George Soares não fez, se quer, uma ligação para juntos irmos buscar ajuda para o Assú. “Outros deputados, como Fábio Faria, Henrique Alves e Fátima Bezerra já se colocaram a disposição para ajudar o município. George Soares, não. Ele precisa diferenciar as questões políticas e administrativas”, esclareceu o gestor.
Entrada da cidade
“Logo que assumi o governo fui ao deputado federal João Maia (PR) para que ele intercedesse junto ao DNIT para construirmos a entrada da cidade. Dei entrada no projeto, mas ele não avançou porque o órgão acha que tal obra não é de sua responsabilidade.”, relatou Ivan Júnior. “Mas, a entrada vai sair!”, enfatizou. “Rosalba prometeu e o povo do Assú anseia por isso”, completou.
“Fiz opção de trabalhar pelo Assú. Não faço projeto de poder e sim projeto de desenvolvimento pelo meu município e estamos realizando muitas coisas, todo mundo sabe disso. Se eu tivesse acompanhado Iberê Ferreira isso estaria acontecendo? Ronaldo Soares me disse que o Assú agüentava mais 12 anos de sem o poder. De jeito nenhum!”, disse o prefeito.
Já no final da entrevista o prefeito Ivan Júnior pontuou outras acusações de Ronaldo Soares. “Ele me acusou de andar num carro de R$ 170 mil. O carro que ando é alugado e custa R$ 3.398,00 por mês de aluguel, com manutenção por conta da locadora. Ronaldo andava num carro que custava R$ 4.800,00 com manutenção por conta da prefeitura”, sorriu.
Conchavos
Ivan também mandou um recado claro. “Não faço conchavos para prejudicar pessoas. Muitos me disseram sobre Ronaldo Soares que eu iria me arrepender pelo seu apoio. Não importa. Tudo o que eu disse que iria fazer, eu fiz, com apoio de todos, inclusive o de eleger George Soares. Não podemos confundir as coisas. Administrar é uma coisa e política é outra coisa e isso não pertence a grupos, tem que ser o povo. Tanto que tem muita gente da administração passando trabalhando conosco, sem nenhum problema.”, ensinou.
Quanto a Ronaldo Soares disputar a prefeitura em 2012, Ivan Júnior foi enfático: “A prefeitura é do povo. Posso perder em 2012, não tem problema nenhum, tenho minha profissão e vou trabalhar tranquilamente. A disputa pela prefeitura tem que ser por muitos porque não se pode eternizar grupos políticos; não vou fazer permanência de poder... Eleição tem ter pólos, um, dois, três... Sei como funciona a política mesquinha, mas vou ser sempre correto e fazer o melhor para as pessoas da minha terra”, repetiu.
“Ronaldo Soares, antes destas acusações vazias e mesquinhas, já vinha fazendo um trabalho para prejudicar minha administração. Ora, ele teve 30 anos para trabalhar! Deixe-me fazer as coisas pelo Assú, porque eu apenas comecei, estou com dois anos de trabalho”, concluiu o prefeito, sob os aplausos das centenas de pessoas, muitas delas que invadiram o estúdio da Rádio Princesa do Vale. (LS).
Assessoria
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