Em novembro de 2010, Anderson Miguel disse à Justiça Federal que pagou R$ 3 milhões em propina ao filho da ex-governadora Wilma de Faria.
O empresário Anderson Miguel, assassinado a tiros, nesta quarta-feira (1º), em seu escritório no bairro de Lagoa Nova, era dono da empresa A&G Locação e um dos réus da Operação Hígia, processo que investiga um suposto esquema de desvio de verba pública e fraude em contratos de licitações com a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap).
Em novembro de 2010, durante depoimento à Justiça Federal, Anderson afirmou que pagou R$ 3 milhões em propina ao filho da ex-governadora Wilma de Faria (PSB), Lauro Maia.
À época, o réu informou que, durante três anos, sua empresa teve que pagar propina para poder para conseguir receber o dinheiro referente ao contrato que mantinha com a Sesap. Anderson denunciou ainda que o procedimento era comum em vários setores da administração estadual e envolveria outras empresas.
Ele era casado com a ex-candidata a deputada Jane Alves, sua sócia na A & G, que também é ré na Operação Hígia. Em dezembro, num depoimento ao juiz federal Mário Jambo, a empresária afirmou que vinha sendo “ameaçada” pelo ex-marido, que a estaria pressionando para mudar o depoimento dela à Justiça.
Em 2008, Anderson Miguel foi candidato a prefeito de Maxaranguape, no litoral norte potiguar, mas perdeu a eleição por 47 votos.
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