“O grande fator que difere o Brasil de hoje do de 20 anos é que, durante oito anos, ocorriam reuniões da Câmara de Política Econômica em que as pessoas trabalhavam harmonicamente, sem disputar umas com as outras, para derrotar a inflação”, ressaltou Agripino lembrando, em detalhes, como o plano gerou confiança, aos brasileiros e investidores que passaram a acreditar no país com a estabilidade da moeda, após oito tentativas fracassadas de tentar debelar cerca de uma década de alta inflação.
Em seu discurso, o líder do Democratas também falou da situação de estresse diário quando foi governador do Rio Grande do Norte e a inflação crônica tomava conta do país. “Lembro demais dos traumas que sofri de 1990 a 1994. Quando fui governado, convivi com uma inflação de 20% ao mês, hiperinflação. Era uma angustia por causa da escalada de preços”, afirmou.
O senador potiguar encerrou o pronunciamento destacando a participação do democrata Marco Maciel, então vice-presidente de FHC, e convocando o país a refletir sobre a necessidade de mudança. “Tenho um ditado que anda comigo: ‘cesteiro que faz um cesto faz um cento’. E, no caso do Brasil, quem combateu a inflação foi essa equipe que está aqui. Quero dizer que estamos vivos, de pé, prontos para luta”.
Estiveram presentes na sessão de homenagem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso; ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco; o ex-presidente do BNDES, Edmar Bacha, e deputados que participaram da articulação política na época do Plano Real.
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