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domingo, 13 de julho de 2014

Embrapa e EMPARN renovam parcerias para novas atividades

As diretorias da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) e da Embrapa Algodão, com sede em Campina Grande/PB, estiveram reunidas na manhã de hoje (11), na Estação Experimental do Jiqui, em Parnamirim, para uma ampla discussão sobre pesquisas e novas atividades. Um dos objetivos foi a renovação do convênio de parceria entre as duas empresas de pesquisas, que já desenvolvem ao longo de algumas décadas, uma série de atividades nas Estações Experimentais da EMPARN, no Rio Grande do Norte.

Estavam presentes o presidente da EMPARN, José Geraldo Medeiros da Silva e pesquisadores da empresa, o Chefe Geral da EMBRAPA Algodão, Sebastião Barbosa, acompanhado dos pesquisadores Valdnei Sofiatti e José Renato Bezerra. O Chefe Geral da EMBRAPA Algodão tomou posse em março passado e está colocando em pauta para discussões, os seus projetos e programas.

ALGODÃO

Segundo disse Sebastião Barbosa, o plano de trabalho da sua administração está baseado em duas metas: Consolidar e apoiar a pujança do algodão no Cerrado brasileiro, desde o Centro Oeste até o Nordeste, com destaque para as regiões produtoras da Bahia e o sul do Maranhão, do Piauí e norte do Tocantins e, em segundo lugar, trazer de volta o algodão ao Semiárido nordestino, com novas tecnologias e mecanizado.

Ao fazer um histórico do cultivo do algodão na região do Cerrado, lembrou Sebastião Barbosa que ali se obtém a maior produtividade do mundo em plantio de sequeiro. Mesmo sendo tecnificado e pujante, o plantio nessas regiões preocupa pelo uso exagerado de defensivos agrícolas.  Revelou que em uma área afetada por uma praga, um produtor pulverizou 42 vezes em um intervalo de 21 dias, daí a necessidade de pesquisas para a redução desses custos e a obtenção de uma melhor sustentabilidade.

O presidente da EMPARN, José Geraldo, salientou que foi criado no Seridó ouvindo o binômio algodão-boi, mas, hoje, a região vive um processo de desertificação com um grande número de indústrias de cerâmicas. Destacou que não é contra essas indústrias, defendendo uma mudança no modelo energético, sem o uso da madeira da caatinga.

CAMINHOS

Para reintroduzir o algodão no Semiárido, o chefe geral da EMBRAPA Algodão argumenta que será preciso um engajamento das empresas de pesquisas estaduais, empresários e universidades, para estabelecer novas tecnologias e mecanização, com máquinas de pequeno porte, para utilizar cada vez menos mão de obra, já escassa nas grandes regiões produtoras. Uma das alternativas é o  plantio direto que a Embrapa e a EMPARN já desenvolvem na Estação Experimental de Apodi, com  resultados positivos.

No Brasil, segundo Sebastião Barbosa, o algodão mudou de mãos e de endereço. Deu o exemplo do Cerrado da Bahia, onde cerca de 100 agricultores são responsáveis pelo plantio de mais de 300 mil hectares, com tecnologia e mecanização. No caso do Semiárido nordestino, a proposta da Embrapa Algodão é colocar em discussão um novo sistema, muito distante do antigo onde se produzia 200 quilos de fibra por hectare. Poderia ser estimulado o plantio de vários tipos de algodão, como colorido ou de fibra longa, que é uma tradição do Rio Grande do Norte.

Disse acreditar que o algodão pode voltar a ser uma grande fonte de riquezas para muitas áreas do Semiárido, mesmo não gerando mais empregos como no passado, por conta das tecnologias, da irrigação e da mecanização. Destacou que hoje nos quadros da EMBRAPA Algodão tem  uma equipe jovem, vibrante e atuante e as empresas públicas de pesquisa precisam dar uma resposta às demandas da sociedade.

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