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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Oceânica realiza entrega de equipamentos de segurança à pescadores

A Oceânica realizou a entrega de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para
pescadores e pescadoras que estão na linha de frente na limpeza das praias atingidas pelo petróleo. A doação partiu da WWF Brasil que contactou a Oceânica que se articulou com a Rede MangueMar e realizou, na última semana, a entrega do material em cinco comunidades
pesqueiras do RN.

A iniciativa é uma forma de proteger a saúde das pessoas que estão diretamente lutando
contra esse crime ambiental. “Cuidamos em reforçar a importância e às formas de uso dos EPI’s para resguardar a saúde de quem entra em contato com o óleo vazado no mar”, explica Jéssica Paiva, ecóloga da Oceânica, uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que
atua junto às comunidades litorâneas.

Os efeitos decorrentes da exposição aos derivados de petróleo podem variar conforme
o tempo de exposição, inalação, contato com a pele e ingestão. Segundo informe do Ministério da Saúde, através da Secretaria em Vigilância, os efeitos de uma exposição podem se dar de forma aguda ou mesmo crônica, o que requer atenção das autoridades, dos profissionais de saúde e da população.

A entrega de EPIs no RN foi feita às Colônias de pesca, Z-10 que abrange o município
de de Nísia Floresta; Z-56 que atua no Município de Parnamirim, Z-14 do Município de Ceará Mirim e Colônia Z-15 do Município de Maxaranguape. Também foram entregues EPIs para o grupo de monitoramento do Óleo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão( RDSPT) constituído de representações das comunidades de Sertãozinho,
Diogo Lopes e Barreiras. “O grupo vem atuando diariamente no monitoramento do óleo entre as praias do Minhoto à Ponta de Soledade e buscando caminhos para o trabalho de prevenção no sentido de evitar a entrada do óleo na área estuarina da RDSPT. Pudemos trocar
informações e construirmos estratégias de ação integradas para denunciar o derramamento do óleo e seus impactos através de registros audiovisuais junto às comunidades tradicionais da pesca que se encontram nas áreas diretamente e indiretamente afetadas”,
explica Joane Batista, geógrafa da Oceânica.




Atuação Oceânica




Desde das primeiras aparições do óleo no litoral potiguar,
a Oceânica está participando de diversas frentes, como: articulação com as comunidades litorâneas e órgãos gestores e fiscalizadores; monitoramento de praias através de mergulhos e registos no aplicativo Mar Limpo; elaboração de relatórios técnicos; acompanhamento
de demandas e deliberações da Rede MangueMar/RN; proposição de estratégias de enfrentamento; transparência de informações para a sociedade através de um diálogo com a mídia e articulação com doadores de recursos e EPIs para distribuição junto às colônias
de pesca. “A preocupação da Oceânica hoje é aproximar todas às instâncias governamentais das comunidades tradicionais que estão diretamente afetadas, trazendo clareza das ações de limpeza que estão sendo realizadas além de cobrar ações governamentais para
prevenção e reparação dos danos causados à natureza e às comunidades litorâneas”, enfatiza Joane Batista.

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