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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Agripino diz que sua negativa em ser vice de Serra não tem a ver com pesquisas

Democrata afirmou que o que fez não aceitar o posto ao lado de Serra foi o compromisso com a candidatura da senadora Rosalba Ciarlini ao governo.

JORNAL 96 – O senador José Agripino Maia (DEM) reafirmou, na manhã desta sexta-feira (11), que não existe possibilidade de ele integrar a chapa de José Serra (PSDB) como candidato a vice-presidência da República. O democrata disse que, apesar de se sentir honrado, não poderia abandonar o projeto no qual vem se dedicando há dois anos: a candidatura da senadora Rosalba Ciarlini ao governo do estado.

Quando questionado se o desempenho de Serra nas pesquisas pré-eleitorais (que vem registrando queda consecutiva em relação à pré-candidata do PT, Dilma Rousseff) havia influenciado para sua negativa, Agripino foi enfático ao dizer que o resultado das análises nada tinham a ver com sua decisão.

“Meu nome foi cogitado pelo Democratas, que deixou em minhas mãos a questão da escolha do nome do candidato a vice, entretanto, eu não me vejo em condições de me ausentar da luta pela candidatura da senadora Rosalba”, declarou, durante entrevista ao Jornal 96, da 96 fm.

Para ilustrar sua argumentação, Agripino relembrou de uma entrevista coletiva concedida por Serra a jornalistas potiguares há quatro meses atrás, na qual externou sua posição contrária sobre a possibilidade de compor a chapa junto com o tucano. “Já havia decidido que não aceitaria o cargo naquele tempo, portanto, dados recentes de pesquisas não influenciaram minha decisão”, comentou.

O senador apontou, contudo, um nome que em sua avaliação seria bom para integrar a chapa junto com José Serra. “Acho que o deputado baiano José Carlos Aleluia poderia ser uma boa escolha”, disse. Apesar de sua sugestão apontar para nome do seu partido, Agripino revelou que não vê empecilhos acerca da indicação de um candidato que não faça parte do DEM ou do PSDB.

“Acho que a decisão acerca do nome do vice-candidato deve ser exclusiva do José Serra. Apesar de o DEM ter preferência na indicação, acho que Serra deve ter a liberdade para escolher por si só um candidato que lhe agrade, afinal, é ele quem está concorrendo ao posto”, afirmou.

Quadro político estadual
O quadro político-eleitoral do Rio Grande do Norte também foi comentado pelo senador na manhã desta sexta-feira. De acordo com ele, que é um dos articuladores da candidatura da senadora Rosalba Ciarlini, o cenário é extremamente “otimista”.

Em sua avaliação, a chapa composta pela senadora e pelo deputado estadual Robinson Faria apresenta pelo menos duas vantagens sobre os demais candidatos.

“Primeiro, a nossa gama de aliados é muito bem construída e não causa estranhamento ao eleitorado. Desse modo, nós não precisamos ficar explicando por que nos aliamos a determinados partidos ou pessoas, porque o público já compreende naturalmente”, afirmou.

A segunda vantagem listada pelo senador foi o “perfil” dos candidatos. Segundo ele, as eleições no estado serão decididas pelas “histórias de vida” dos candidatos e, dessa forma, seus aliados apresentariam, segundo o senador, certa superioridade.

“O que vai decidir o pleito são os serviços prestados, pelo comportamento do candidato e outras informações que compõem o seu portfólio pessoal, então, sem querer subestimar os demais, acho que temos grande chance de ser vitoriosos neste ano”, disse.

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