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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Samu Metropolitano realiza paralisação hoje

Os trabalhadores do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) realizam paralisação de 24h contadas a partir das 7h desta quinta-feira (16). De hoje para amanhã (17), apenas os 30% do efetivo determinados por lei devem continuar atendendo a população.

O motivo da manifestação é atraso no repasse do pagamento dos funcionários terceirizados. Problemas semelhantes vêm ocorrendo desde o início de outubro, quando deveriam ter sido pagos os vencimentos de setembro. Em novembro, os funcionários realizaram outra paralisação, que terminou por sensibilizar o Governo e viabilizar o repasse da verba.

De acordo com o socorrista Paulo Martins, a folha de pagamento dos 100 profissionais que se encontram nesta situação soma R$ 206 mil ao mês. A empresa contratante, por outro lado, teria se declarado desobrigada a arcar com as despesas caso o repasse do Governo atrasasse três meses.

Dentre os profissionais terceirizados estão condutores, atendentes telefônicos, operadores de rádio e os responsáveis pela higienização das ambulâncias. Os mesmos profissionais esperaram, em novembro, até o dia 25 para se mobilizar.

“Mas esse mês o pessoal não quis esperar, ainda mais porque o final do ano está chegando aí”, Paulo Martins reclama. De acordo com ele, dada a situação orçamentária delicada em que o Estado se encontra, é possível que o pagamento de dezembro também seja comprometido.

Caso os vencimentos referentes ao mês de novembro não sejam liberados até amanhã pela manhã, ele informa que a categoria vai se reunir em assembleia para definir as próximas ações. Martins não descarta, entretanto, a votação de um indicativo de greve.

Histórico

Esta não é a primeira vez que o Samu Metropolitano paralisa o serviço ou ameaça greve neste ano. Em junho, os profissionais aderiram à paralisação geral dos servidores da saúde estadual.

Os médicos e servidores da rede estadual pediam que o Governo cumprisse o acordo estabelecido em 3 de abril deste ano, quando a então governadora Wilma de Faria sancionou projeto que previa o reajuste salarial e a revisão do Plano de Cargos e Carreira da categoria.

O aumento, de 21%, deveria ser concedido em parcelas. A primeira, de 15%, estava prevista para o pagamento do mês de junho. A segunda, desta vez de 6%, só deveria sair agora em dezembro.

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