O deputado federal João Maia (PR) falou à imprensa nesta quarta-feira (15) sobre a prisão do seu sobrinho, o engenheiro Gledson Maia, envolvido em suposto esquema de desvios de verbas do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Gledson ocupava o cargo de diretor-geral do órgão federal quando foi flagrado pela Polícia Federal, em um restaurante, recebendo propina na tarde do dia 4 de novembro. A prisão do engenheiro acelerou a deflagração da Operação Via Ápia, que resultou na prisão do então superintendente do Dnit, Fernando Rocha.
“Eu assumo que fiz as indicações [dos cargos comissionados], fiz indicações técnicas de dois engenheiros que tinham uma experiência. Tenho a informação de que o trabalho do Dnit era exemplar. Todas as estradas federais estavam recuperadas. Acredito na Justiça e estou esperando o resultado do processo, que não conheço [...]. Esse processo para mim é muito doloroso”, declarou João Maia.
Questionado sobre se temia ser responsabilizado em processo judicial, João Maia respondeu com uma negativa. “Não, porque não tenho nenhum envolvimento operacional no Dnit”.
A imprensa também indagou o parlamentar sobre seu “sumiço” logo que a Via Ápia foi deflagrada. João Maia justificou o fato de não ter atendido à imprensa, alegando que teve que se dedicar às suas atividades privadas após quatro meses em plena campanha.
No entanto, o parlamentar reconheceu que seu sumiço também teve relação com a Operação da PF. “Achei melhor, enquanto não conhecesse o teor das acusações, não me pronunciar”, declarou.
O republicano disse ainda que tem 65 sobrinhos e que nunca havia indicado familiares para cargos públicos, sendo Gledson uma exceção. “Não sei porque eu me responsabilizaria por ter feito uma indicação, inclusive mais técnica. A única regra que quebrei foi indicar parente”, disse.
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