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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Agripino: "o Brasil não está imune à crise"‏

CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e CidadaniaBrasil não está imune à crise, afirma Agripino

O Brasil não está imune à crise que atinge países como Itália, Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, afirmou o presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN). Em discurso no plenário nesta quinta-feira (1º), o senador pelo Rio Grande do Norte lembrou que a dívida interna do país é de R$ 1,7 trilhão e que, só para pagar os juros desse débito, o país desembolsou, só no último ano, R$ 235 bilhões. Segundo o parlamentar, honrar esses compromissos ficará mais difícil em tempos de turbulência internacional.

“O Brasil não está blindado com relação à crise mundial. A crise do euro levou a desconfiança à economia da Espanha, Portugal, Grécia e, inclusive, Itália. A mesma coisa pode acontecer conosco”, disse Agripino. “Só nossa dívida interna está beirando R$ 2 trilhões e o governo continua na gastança. Não há nenhuma medida para conter gastos públicos e sim para aumentar a receita”, criticou o presidente do DEM.

Hoje o governo federal paga grande parte de sua dívida interna por meio de emissão de títulos públicos. A emissão em larga escala desses títulos contribui ainda mais para o aumento dessa dívida interna. “Daí a taxa de juros tem que ser alta para ter comprador para seus títulos já que a dívida interna precisa ser administrada. Ou o governo baixa seu gasto público, ou nós podemos chegar a uma situação parecida com a que a Itália, Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia”.

José Agripino criticou ainda o fato de o governo federal investir na saúde do Brasil menos de 30% do que gasta para pagar somente os juros da dívida interna. Nos dez primeiros meses do governo Dilma Rousseff foram gastos R$ 70 bilhões com a saúde do brasileiro, menos de um terço do valor desembolsado com a dívida. “Gastou isso com essa grande chaga nacional, objeto daquilo que queremos votar por meio da Emenda 29. Faço esta advertência porque estamos nos gabando muito de que estamos imunes à crise. Temos que acordar para adotar medidas duras e sérias. Com a irresponsabilidade, não contem conosco”.

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