A segunda nova informação é de que, segundo o dono do motel onde o caso aconteceu, Gleyson havia tentado cavar um buraco para, supostamente, enterrar o corpo de Vanessa.
O soldado Gleyson Alex de Araújo Galvão, 35 anos, confessou ter matado a advogada Vanessa Ricarda de Medeiros, 37 anos, após uma discussão por ciúmes. Um amigo do policial estaria no quarto no momento do crime e teria tentado evitar as agressões à mulher.
O crime aconteceu por volta de 1h30, no Kactos Motel na saída de Santo Antonio para Goianinha. Após ouvir os gritos de Vanessa, uma funcionária do motel ligou pra polícia, que encontrou o PM ensanguentado ao lado do corpo. No quarto, foi localizado também um pedaço de pau que teria sido usado para golpear a vítima.
O casal mantinha um relacionamento há cerca de três anos. Em depoimento, o policial afirmou que pediu a um colega para levá-lo, juntamente com sua namorada, ao motel. No local, os dois teriam dado início a uma discussão, supostamente motivada por ciúmes por parte da vítima. Durante a briga, o policial contou que agrediu a vítima, mas não deu detalhes sobre as circunstâncias.
O colega do policial, entretanto, deu outra versão para o crime. "A versão da testemunha que foi deixa-lo é bem diferente. A testemunha alega que passaram o dia bebendo, brincando. E já tarde da noite ele (Gleyson) convidou o amigo, juntamente com a companheira, para ir à praia de Pipa", disse o delegado Everaldo Fonseca, responsável pela investigação. O amigo relata que guiava o carro acompanhado do casal quando, no meio do caminho, o policial pediu para que ele entrasse em um motel. "O PM disse: 'rapaz, entra aqui no motel'. 'Mas a gente não ia pra praia?'. 'Sim, mas é rapidinho'", relata o delegado, remontando o diálogo narrado pela testemunha.
"Quando chegaram no quarto do motel, ele (Gleyson) já foi logo se despindo e começou a agarrar a mulher, a acariciar, e ela sem querer. E o colega ficou sem entender nada, até porque ele estava também no quarto", afirma o delegado. Diante das negativas da namorada, o policial, visivelmente embriagado, insinuou que a mulher e seu amigo teriam um caso.
Em meio às acusações, o policial passou a agredir a namorada e teria sido interpelado pelo colega, que entrou em luta corporal com o agressor. "Só que o PM conseguiu se soltar e disse que ia matar os dois. O amigo, sabendo que ele era policial e com medo que ele estivesse armado, saiu correndo do motel", afirma o delegado.
Segundo Everaldo Fonseca, um funcionário do motel corrobora a versão do amigo do policial. "Essa também é a versão do funcionário do motel que ouviu a discussão. Ele ouviu os gritos de socorro da advogada, e ligou pra PM. Ele também ouviu um terceiro falando: 'não faça isso com sua mulher!'", afirma.
Preso em flagrante, o policial foi encaminhado a um quartel da PM em Nova Cruz. Ele deve ser indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar.
Fonte: O paralelo
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