Segundo o delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre, no dia 18 de setembro deste ano equipes da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deicor) e da Delegacia Especializada na Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (Deprov) identificaram que o agente Matias Fernandes estava com um carro com queixa de roubo em 7 de junho de 2008, na cidade de Recife.
O veículo foi localizado estacionado na frente da 8ª DP, em Cidade da Esperança, mas o policial não se encontrava na delegacia. O veículo, um GM Prima, ano 2007, foi apreendido e um inquérito foi instaurado. Matias Fernandes disse que comprou o carro por R$ 5 mil sabendo que ele tinha um débito junto a uma financeira. Foi alegado ainda que ele pretendia regularizar o débito. Mas em depoimento, ele sequer apresentou o recibo de compra. Além disso, ele não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Diante dos fatos apurados no inquérito, o delegado da Deprov solicitou a prisão. O juiz Raimundo Carlyle de Oliveira Costa, da 4ª Vara, acatou o pedido. O agente recebeu voz de prisão ao se dirigir a uma audiência na Sesed, no Centro Administrativo. O policial foi preso no gabinete do secretário Agripino Neto.
Matias Fernandes foi conduzido por policiais da Deicor para uma cela na 1ª DP, em Cidade Alta, onde permanecerá à disposição da Justiça. A DP não abriga presos comuns, portanto a integridade dele está assegurada, informou o delegado Elias Nobre. Para o secretário Agripino Neto, a investigação da Polícia Civil nesse caso demonstra que instituição “corta a própria carne”.
Além do processo criminal, o agente preso responderá a um procedimento administrativo em que pode ser excluído da instituição. Na ficha funcional dele constam dois registros extremamente graves, ambos por extorsão, sendo um no ano de 1999 e outro no dia 14 de dezembro de 2004. Ele responde atualmente a um processo administrativo disciplinar na Corregedoria Geral da Sesed por extorsão.
Fonte: Dnonline
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