A Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (5), em uma operação denominada Via Ápia, o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fernando Rocha Silveira, e mais outras quatro pessoas, incluindo o responsável pela fiscalização de contratos. Duas prisões foram efetuadas ontem por envolvimento com pagamento de propina, relacionada ao favorecimento da obra de uma ponte sobre o rio Açu. Três dos presos são ligados ao consórcio vencedor da licitação da obra na BR 101.
Estima-se que o desvio de verbas, somado com o superfaturamento e pagamentos indevidos, chegue a cifra de R$ 2 milhões.
No total, a PF cumpriu, desde as primeiras horas da manhã de hoje, nove mandados de busca - sendo um em Pernambuco -, seis mandados de prisão temporária e um de condução coercitiva. Nas buscas realizadas em Natal, a polícia encontrou R$ 258 mil, 10 mil dólares e 900 euros.
As investigações realizadas pela Superintendência da PF no RN foram iniciadas no mês de maio deste ano, culminando na operação de hoje.
Cerca de 50 policiais participaram da operação, em conjunto com seis auditores da Controladoria Geral da União.
Duas equipes de agentes da PF estiveram na sede do DNIT, localizada na avenida Bernardo Vieira, no bairro de Lagoa Nova, próximo ao shopping Midway Mall. cumprindo mandados de busca e apreensão.
Os sete agentes e o delegado da PF presentes no órgão recolheram vários documentos e computadores da sala da superintendência do DNIT.
Segundo os representantes da CGU, as obras de duplicação da BR 101 que estão sob investigação continuarão em seu ritmo normal.
Na noite de ontem
O superintendente substituto do DNIT no Rio Grande do Norte, Gledson Maia, prestou um longo depoimento na noite de ontem ao delegado de Repressão aos crimes fazendários da PF, Caio Marques, após ser surpreendido em flagrante delito quando recebia suposta propina no valor de aproximadamente R$ 50 mil.
A operação ocorreu por volta das 14h, em um restaurante da avenida engenheiro Roberto Freire. A PF conduziu ainda um empresário que não tem origem no RN, cujo nome ainda não foi revelado. Os advogados afirmam que a dupla seria apenas ouvida e não detida.
Informações extraoficialmente, no entanto, deram conta de que Gledson Maia teria sido apreendido e não somente conduzido.
A participação do empresário no suposto crime ainda carece de detalhamento, no entanto, TN colheu informações dando conta de ser ele o financiador da suposta propina. Só não se sabe se foi ele que, visando a delação premiada, delatou o ocorrido ou se foram ambos pegos em flagrante delito. Gledson Maia, sabe-se, já vinha sendo monitorado pela Polícia Federal.
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