Com a proposta de estudar e melhorar a qualidade da estimativa de precipitação por satélite, radar e também o skill dos modelos de previsão numérica de tempo, foi lançado, na tarde da última sexta-feira, nas dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, o primeiro balão meteorológico do Projeto Chuva. Trata-se de uma pesquisa sobre os processos físicos que ocorrem no interior das nuvens, desenvolvidas por instituições nacionais e internacionais, incluindo, a UFERSA.
O balão, solto aos céus momentaneamente ao lançamento de outros balões nas cidades cearenses de Quixeramobim e Fortaleza, tem 1 metro de diâmetro ainda na superfície. “Essas três cidades formam a área triangular onde a pesquisa é feita nesse momento”, explica o professor e coordenador local do projeto, Rafael Castelo. Os balões são cheios com gás hélio e crescem na medida em que aumentam a altitude, que pode chegar a 15 mil metros. “Quando o balão já não comporta a pressão causada pelo ar, explode”, completa Rafael.
O professor ainda explica que, nos balões lançados ao ar, são acopladas caixas com sensores. “Enquanto ele sobe, um computador, interligado a estação, que capta informações enviadas pelos sensores, faz a medição de dados como a temperatura, umidade, pressão atmosférica, direção e velocidade do vento”, comenta. Ao todo, serão 40 balões soltos no campus da UFERSA Mossoró.
Durante aproximadamente duas horas, tempo necessário para suas explosões, os balões enviam informações ao sistema de dados da estação. Cada um, arremessados em intervalos de seis horas, tem custos de aproximadamente R$ 3 mil. Os balões meteorológicos são soltos do Departamento de Ciências Exatas e Naturais da UFERSA. O experimento, iniciado sexta-feira, vai prosseguir até o dia 17 de abril, em quatro horários distintos: 9h, 15h, 21h e 3h da madrugada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário