Nesta quarta-feira (21) na sede da superintendência do Banco do Brasil, em Natal, houve reunião proposta pela Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), que objetivou analisar a questão dos licenciamentos ambientais no RN e o crédito fornecido pelas instituições bancarias aos produtores rurais.
O presidente da Federação da Agricultura, José Álvares Vieira, acompanhado do assessor técnico da Entidade, Henderson Magalhães, conversaram com o gerente de agronegócios do Banco do Brasil, Kassius Marques, sobre a questão do crédito para produtores rurais e sobre os problemas enfrentados por esses produtores com o licenciamento ambiental. (nas instituições financeiras, o empresário do campo só consegue liberação de crédito para custeio se apresentar a licença ambiental, exigida pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente e Conselho Nacional do Meio Ambiente).
José Vieira, Henderson Magalhães e Kassius Marques debateram sobre a questão e sobre as dificuldades enfrentadas pelos produtores.“O Rio Grande do Norte é um dos estados que mais possuem travas ambientais. Essas travas são o verdadeiro tormento dos nossos produtores rurais que desejam obter linhas de crédito com os bancos. Precisamos estudar, juntamente com os órgãos governamentais, uma melhor forma de não prejudicar a economia rural e muito menos, o meio ambiente”, ressaltou Vieira.
De acordo com Kassius Marques, do Banco do Brasil, um dos pedidos mais ouvidos por ele é o pleito dos produtores sobre as licenças ambientais. “Escuto sempre de nossos produtores rurais sobre essa liberação das licenças. Um clamor antigo” resumiu Marques.
Grupo
Ficou definido que um grupo de trabalho será formado por integrantes das duas instituições e que serão convidados membros do Governo do Estado para também analisarem a melhor forma de trabalhar a questão do licenciamento ambiental no RN. “Possivelmente iremos nos reunir logo após a Semana Santa. Já com idéias para serem apresentadas ao governo. Estudaremos com dedicação os bons projetos encampados em estados como São Paulo e Mato Grosso, por exemplo,”, explicou o assessor da Faern, Henderson Magalhães.
Conema
Outro ponto enfocado foi sobre a participação da Federação da Agricultura no Conema. “Esse é um pedido que fizemos ao governo desde julho de 2011 e que até hoje não obtivemos resposta. Acredito que a nossa entrada no conselho será um passo importante para os produtores potiguares. E também tenho ciência da contribuição que poderemos dar ao Conema. Afinal, consideramos que não há como excluir das discussões sobre o uso sustentável dos recursos ambientais, aqueles que produzem no meio rural e que são legalmente representados pela Federação da Agricultura”, finalizou José Vieira
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