Dezesseis escolas beneficiadas pelo Projeto de Inovação Pedagógica (PIP) participaram do I Congresso de Iniciação Científica da Educação Básica, que terminou sexta-feira (14) no Instituto Kennedy, em Natal. O PIP é uma iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Projeto Governo Cidadão, com recursos do Acordo de Empréstimo como Banco Mundial.
Escolas oriundas de 12 municípios do RN apresentaram 29 projetos ao longo do Congresso. Os trabalhos expostos foram construídos por meio da interdisciplinaridade, focando na inovação tecnológica. A ideia é que haja o diálogo entre os alunos da educação básica, professores, pesquisadores e estudantes universitários.
“O Congresso é muito importante porque ele é uma culminância onde os alunos podem expor seus trabalhos, o que acaba dando visibilidade às ações do PIP na rede pública de ensino. E, além disso, o intercâmbio entre instituições de ensino superior que poderão colaborar com ele e a permanência desse projeto na escola, não sendo algo pontual, mas algo progressivo e contínuo”, explica Nednaldo Dantas Santos, coordenador do Congresso e professor de Biologia.
Além de trazer as produções acadêmicas dos alunos do Ensino Médio, o PIP também trabalha a desenvoltura e a habilidade de falar em público dos alunos expositores. Isabel Cristiane, 15 anos, aluna da Escola Estadual Peregrino Júnior, de Natal, e uma das desenvolvedoras de um aplicativo de aprendizagem de ciências da natureza, diz que passou a sofrer menos com sua timidez após a implantação do projeto na escola.
“Eles nos colocam para apresentar trabalhos e interagir com as outras pessoas. Eu tinha muitos problemas psicológicos e fobia social e o PIP ajudou a me envolver com várias pessoas, a mostrar o que eu sei e colocar em prática tudo aquilo que eu guardava e que não dava para as pessoas verem”, conta ela.
O secretário da Sethas e coordenador do projeto junto ao Banco Mundial, Vagner Araújo, destaca a importância da inovação pedagógica nas escolas do RN. “O PIP tem transformado vidas em todo o Estado, com práticas inovadoras e um novo jeito de promover iniciação científica e o ensino entre crianças e jovens. Temos alcançado resultados fantásticos e a presença no Congresso é uma prova do êxito deste projeto”, detalha.
"O Congresso é muito especial, uma oportunidade importante de promover a interação entre os jovens que vão trocar experiências e apresentar as práticas apreendidas em sala de aula através do que o PIP proporciona na escola", diz a secretária de Educação Cláudia Santa Rosa.
Somente no PIP da Escola Peregrino Júnior, o nível de leitura dos alunos aumentou de 0,5 livros ao ano para 5,7. Esse ano, esses mesmos alunos lançaram um livro com 42 artigos científicos. O mesmo trabalho de incentivo à leitura e pesquisa científica está sendo feito em outras 29 escolas do Rio Grande do Norte. A participação em eventos como o Congresso de Iniciação Científica são importantes para incentivar a pesquisa e a continuação daquilo que foi implantado nessas instituições.
“Quando a gente escuta apresentação desses trabalhos, percebemos o fervor do momento, como se eles estivessem com a autoestima sendo elevada com essa possibilidade de apresentar para outras pessoas o trabalho que está sendo veiculado dentro do espaço educativo”, relata Marinalva de Oliveira, orientadora pedagógica do PIP. Para ela, essa oportunidade de expor no Congresso “é um marco histórico na educação do Rio Grande do Norte”.
A melhoria da educação básica no Estado é um dos principais objetivos do componente de desenvolvimento regional sustentável do Governo Cidadão. A parceria com a SEEC já contemplou 397 escolas através do PIP, em suas três fases de implantação. Para além da iniciação científica, o projeto também abrange os componentes de cultura e arte, sustentabilidade, leitura e letramento, mídias e cultura digital e matemática.
Fotos: Assecom Governo Cidadão
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