Ao comparar administrações municipais, o pedetista fez duras críticas à Saúde de Mossoró durante gestão da adversária.
O candidato do PDT ao cargo de governador e ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, durante entrevista ao portal Nominuto.com, fez duras críticas a adversária Rosalba Ciarlini (DEM) no setor da Saúde. O pedetista comparou a Saúde de Natal com a de Mossoró e disse que, ao contrário da capital potiguar, onde foram construídos o Hospital dos Pescadores e a segunda maternidade de Natal, no município do oeste, na gestão de Rosalba Ciarlini, foram fechados centros obstétricos e hospitais.
Carlos Eduardo ressaltou que a cidade não possui um leito sequer de Unidade de Tratamento Intensivo pediátrica (UTI) e os únicos leitos de enfermaria pediátrica são oferecidos pelo hospital estadual. Na opinião dele, o resultado é que a cidade, uma das mais ricas do Estado, é também a que tem um dos mais altos índices de mortalidade infantil.
Na entrevista o candidato do PDT comentou sobre o estremecimento entre o líder do PMDB na Câmara Henrique Alves e membros da coligação “Vitória do Povo”. Na opinião de Carlos Eduardo, o PMDB tem sido “maltratado” pela coligação de Iberê, principalmente no que diz respeito ao senador Garibaldi Alves Filho; por isso, acredita que já está mais do que na hora de Henrique migrar para um apoio à coligação do pedetista.
O aliado de Lula reafirmou presença no palanque do presidente, caso seja confirmada oficialmente sua visita ao Rio Grande do Norte. Ele destacou também que acredita que terá uma boa administração aliada aos deputados da Assembleia Legislativa, independente da maioria na bancada governista.
Confira estes e outros assuntos nesta nova série de entrevistas do portal Nominuto.com, realizada com os candidatos ao Governo do estado.
Nominuto - A sua adversária do DEM, assim como o senhor, vem destacando durante a campanha política, a atuação como prefeita. As duas gestões, tanto em Mossoró como em Natal, enfrentaram polêmicas em relação a saúde. O senhor acredita que comparando a administração de Rosalba com a de Carlos Eduardo, no que diz respeito a saúde, Natal teve um melhor desempenho? Por quê?
Carlos Eduardo - Não tenho a menor dúvida de que fui o melhor prefeito também na área da saúde. Em primeiro lugar, a polêmica que aconteceu em relação à minha gestão – a questão do armazenamento de medicamentos -, foi uma armação montada pela atual administração de Natal, que insistiu em continuar no palanque no lugar de administrar, e de alguns vereadores que seguem sua orientação. Mas vamos à comparação. A minha administração fez a segunda maternidade de Natal, a maternidade Leide Moraes, na Zona Norte, com capacidade para realizar 300 partos por mês, incluindo cesáreas. Ao longo das administrações da senadora em Mossoró, foram fechados centros obstétricos e hospitais, de modo que hoje o único local que oferece assistência materno-infantil na cidade é uma entidade filantrópica conveniada com o SUS cuja capacidade é insuficiente para atender Mossoró. O resultado é que a cidade, uma das mais ricas do Estado, é também a que tem um dos mais altos índices de mortalidade infantil. Inseguras, muitas das gestantes que têm condições financeiras vão a Natal para dar à luz. Mas não é só isso. Mossoró é cidade-pólo de uma região e recebe recursos do Governo Federal para dar assistência plena aos usuários do SUS, no entanto não oferece nenhum tipo de cirurgia eletiva – quem precisa retirar a vesícula biliar, por exemplo, tem que ir a Natal. A cidade não possui um leito sequer de UTI pediátrica e os únicos leitos de enfermaria pediátrica são oferecidos pelo hospital estadual. Enquanto isso, minha administração, em seis anos, implantou três policlínicas, nas Zonas Oeste, Leste e Sul da cidade, reformou as maternidades de Quintas e Felipe Camarão e implantou o Hospital dos Pescadores – o primeiro hospital municipal de Natal. Eu não tenho informações acerca da gestão em recursos humanos da senadora, mas sei da truculência no tratamento com os movimentos sociais. Da minha parte, eu efetivei os Agentes Comunitários de Saúde como funcionários do município, fiz concurso e contratei 1.500 servidores da saúde, implementei o plano de carreiras desses servidores e elaborei o Plano Municipal de Saúde com efetiva participação popular.
Nominuto - Após o “estremecimento” divulgado na imprensa na relação entre o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB) e o candidato ao Senado Hugo Manso (PT) por criticar o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), há rumores de que o líder do PMDB na Câmara poderia abandonar o apoio a Iberê para se unir ao projeto de governo do PDT. Como o senhor tem avaliado este quadro? O senhor já teve alguma conversa com Henrique sobre essa possibilidade?
Foto: Alex Régis
Carlos Eduardo - Não tivemos nenhuma conversa com esse fim. Mas tomara que ele abandone, porque o PMDB está sendo muito maltratado na coligação do governador Iberê. O PMDB já manifestou reiteradas vezes que a sua prioridade é a reeleição do senador Garibaldi Filho. E, pelo que eu tenho tomado conhecimento, Garibaldi vem sendo constantemente agredido, até do lado pessoal. Então, o deputado Henrique deveria mais era nos apoiar mesmo, já que também fazemos parte da base do presidente Lula aqui no Estado.
Nominuto - O senhor esteve esta semana em Brasília para tratar, entre outros assuntos, da vinda do presidente Lula? Esta visita está confirmada? O senhor estará ao lado de Iberê e Lula, como foi quando a candidata Dilma esteve no RN?
Carlos Eduardo – Estarei ao lado do presidente Lula e da ex-ministra Dilma, inclusive porque já fui convidado pela coordenação de campanha de Dilma. E só. Aliás, estou ao lado de Lula desde 1989, quando ele foi candidato a presidente pela primeira vez.
Nominuto.com - Caso seja eleito, como seria a sua relação com os deputados na Assembleia Legislativa? Se não tiver maioria na Casa, como fará para aprovar os projetos do Executivo?
Carlos Eduardo - Teremos o melhor relacionamento com a Assembleia Legislativa. Já fui deputado e sei da importância da Casa para a nossa sociedade. No nosso governo, os deputados estaduais terão uma participação efetiva nas ações do Executivo. Através de emendas ao Orçamento do Estado, eles poderão sugerir obras e destinar recursos para projetos nos municípios e regiões que representam. Quanto aos projetos que apresentaremos, serão todos de interesse da população do Rio Grande do Norte. Assim, não acredito que um representante do povo vá votar contra os interesses da população.
Nominuto - Qual será a marca do PDT no Rio Grande do Norte?
Carlos Eduardo - A marca da coragem para mudar o Estado, para acabar com a politicagem na gestão pública e para realizar um Governo em que seu governador seja um gestor que encare – e resolva – os problemas do Rio Grande do Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário