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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Audiências públicas buscam apoio para criação do Parque Nacional da Furna Feia

O projeto para criação do Parque Nacional da Furna Feia, localizado em Mossoró e Baraúna, entra em uma nova etapa. Após a realização de reuniões com a governadora Rosalba Ciarlini e com deputados do Rio Grande do Norte, será a vez das populações dos dois municípios discutirem o tema.

As audiências públicas acontecerão nesta sexta-feira (06), às 8h, em Baraúna, no Auditório da Câmara Municipal (Rua Horto Florestal, 506, Centro); e no sábado (07), às 8h, em Mossoró, no Auditório Amâncio Ramalho, localizado no Campus Central da Ufersa. Participarão dos debates a Procuradora do Estado Marjorie Madruga, representando a Procuradoria-Geral do Estado e o Governo do RN; representantes do Ministério do Meio Ambiente e membros do Instituto Chico Mendes (ICMBios).

O objetivo das audiências é reunir políticos e comunidades da região, além de entidades civis organizadas, para que eles conheçam o projeto, aprovem e passem a colaborar com a criação do Parque Nacional da Furna Feia.

O sítio espeleológico da Furna Feia é uma região de cavernas, localizada em uma área de mais de 10 mil hectares. Em apenas 2% da área total da reserva já foram encontradas 213 cavidades a partir de pesquisas feitas até o início deste ano. Além disso, é um espaço dotado de grande variedade de fauna e flora cuja vegetação típica é a caatinga. Entre as espécies detectadas estão 105 de plantas, com destaque para a Aroeira do Sertão, árvore típica da caatinga e que está em extinção, e 135 espécies animais, várias nas listas oficiais da fauna em extinção, como o gato vermelho.

De acordo com o coordenador do Instituto Chico Mendes, Diego Bento, um dos responsáveis pelo projeto e pesquisa, o Rio Grande do Norte é um dos estados que mais desmatou a caatinga nos últimos cinco anos. A viabilização do Parque Nacional da Furna Feia deve barrar essa ação e ajudar na recuperação da caatinga, chegando a triplicar a área preservada. Esse trabalho poderá identificar a área e dizer o que pode ser explorado, aberto à visitação, utilizado para estudos e, até mesmo, o que deve ter acesso restrito.  Assessoria

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