Na noite de Sexta-feira (17) dez nações de maracatu, sob a regência do percussionista Naná Vasconcelos, estremeceram as ruas do Recife na abertura oficial do carnaval.
O cortejo que nasceu nas senzalas, seguiu pelas ruas históricas do Recife debaixo de chuva. Os batuqueiros que esperam o ano inteiro pela festa também não esfriaram os ânimos. Nos poucos períodos em que a chuva deu uma trégua, o espetáculo brilhou por inteiro.
Na praça do Marco Zero do Recife, um encontro mágico: 500 batuqueiros, de 10 nações de maracatu, formaram uma orquestra gigante, sob a regência do percussionista Naná Vasconcelos.
A abertura do carnaval do Recife é mais do que festa. É um ritual de devoção. Quando centenas de tambores ecoam numa só cadência, num batuque único, o carnaval se aproxima da África, dos ancestrais e dos orixás. É um momento de louvação.
Homens e mulheres, adultos e crianças, chegam das diferentes comunidades para fazer pulsar mais forte a tradição. Eles aprendem muito cedo a reverenciar a cultura do povo. Fogos iluminam o céu anunciando o começo oficial da festa, que já estava nas ruas.
A diversidade dos ritmos subiu ao palco: da África, veio Angelique Kidjo e sua bela voz. Astros e estrelas da música brasileira cantaram sucessos de Alceu Valença, o homenageado do carnaval do Recife: teve Lenine, Pitty, Ney Matogrosso entre os convidados especiais.
Desta vez, as sombrinhas do frevo tiveram companhia de muitas outras. A multidão, com a alma lavada, e se entregou de vez ao carnaval.
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