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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Rogério cobra explicações sobre sumiço de itens do acervo da Presidência: “Episódio constrangedor”

ROGERIO MARINHOO sumiço de 4,5 mil objetos do patrimônio da Presidência da República durante os governos Lula e Dilma, conforme apontou auditoria do Tribunal de Contas da União, foi recebido com indignação pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB). Até a faixa presidencial havia desaparecido, antes de ser misteriosamente encontrada nos últimos dias. O prejuízo estimado chega a R$ 5,8 milhões, segundo reportagem publicada pela “Veja”. A Secretaria de Administração da Presidência instaurou processo de sindicância para identificar e punir os responsáveis.

O parlamentar também defendeu uma apuração rigorosa para esclarecer os fatos. “Os últimos presidentes que ocuparam o Palácio do Planalto precisam vir a público explicar o que aconteceu”, reiterou. Rogério alerta que, com esse tipo de atitude, fica mais difícil cobrar da população o cumprimento das leis.  Para o tucano, o “episódio é constrangedor”.

“Vejo isso com perplexidade”, completou o deputado Rogério Marinho. Ele lamenta a flagrante confusão entre público e privado nos governos do PT. “É imaginar que, pelo tempo que você passou à frente de um órgão público, os objetos, os móveis, os presentes – que a própria legislação determina que pertencem à instituição – são seus”, disse.

Entre os objetos sumidos estão obras de arte, peças de decoração, computadores e utensílios domésticos. Segundo Rogério, a maior preocupação não é com o valor, mas o ato em si. “A maior autoridade da República é o presidente. Se você tem um país em que o mais alto mandatário comete esse tipo de coisa, é uma mensagem muito ruim que passa para a sociedade”, alertou.

Como lembra a reportagem, a lei determina que os presentes trocados entre chefes de Estado sejam incorporados ao patrimônio da União. Entre 2003 e 2010, Lula recebeu 568 presentes, mas deixou no Palácio do Planalto apenas nove. Já a presidente afastada Dilma recebeu 163, mas incorporou ao patrimônio apensa seis. “Vamos aguardar a investigação e esperar que as pessoas que levaram esses bens os devolvam ao povo brasileiro”, disse Rogério Marinho.

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