A distribuição das raquetes tem como proposta incentivar o cultivo da vegetação, forma sustentável de produção alimentícia para o rebanho no semiárido. “Ela é uma reserva estratégica para os animais no período em que eles mais precisam, que é no período seco, no verão. Isso é a grande mudança. A gente se prevenir, conviver com uma região que é tão rica, mas que ao mesmo tempo chove tão pouco”, explicou o agrônomo Fabrício Edino.
De produtividade elevada, a palma forrageira acumula e capta água, inclusive do ar. Adensada e irrigada por gotejamento, gera menos gasto ao produtor, que poderá utilizar apenas cinco litros do recurso natural por metro linear a cada 15 dias.
“Os agricultores estão abraçando essa ideia. Para muitos, é uma coisa nova; outros já cultivam a palma, só que de outra variedade, a gigante. E nós estamos trazendo duas, a orelha de elefante e a miúda, porque ambas são resistentes a uma praga chamada Cochonilha do Carmim”, disse Fabrício, parceiro atuante no município desde outubro do ano passado, principalmente, no fortalecimento das associações.
Para o vice-prefeito Raimundo Nonato Nogueira (Nonato Guedes), o momento na comunidade Ponta da Serra representa crescimento. “Reforça um trabalho que a gente já tem implantado de 2009 para cá, com relação à aproximação da gestão ao homem do campo. Nós temos hoje o corte de terra, a silagem, que são prioridades no nosso município, e essa ação se junta a tudo isso, significando mais benefícios e melhorias à zona rural. Que sirva de exemplo para o Rio Grande do Norte e o restante do Brasil”, declarou.
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