"As reformas precisam estar em pauta e ser exigidas”
O candidato à reeleição, senador Garibaldi Filho (PMDB) concedeu hoje pela manhã (3) entrevista ao programa 'Jornal da Manhã 95', que é transmitido pela rádio 95FM . Entrevistado pelos jornalistas Marco Aurélio Sá, Túlio Lemos e Daniela Freire, Garibaldi tratou de assuntos como o aeroporto de São Gonçalo, Reforma Tributária, Copa do Mundo, entre outros.
Veja os principais trechos da entrevista:
Experiência
“Ao longo do tempo, eu tive uma experiência que não pode ser desperdiçada, desconsiderada, principalmente pelo eleitor, que tem que examinar justamente essa experiência que o candidato adquiriu. No caso da minha (experiência), não é apenas o exercício de outros cargos, é o exercício do próprio cargo de Senador. Antes você chegava ao Senado, sobretudo, depois de chegar ao Governo, e você levava para lá essa experiência, que é importante, ninguém pode negar, mas que não é a mesma coisa. Você ser Senador, é você saber, sobretudo, fazer tramitar projetos, o que não é uma coisa fácil. Eu diria ao eleitor que hoje eu conheço aquela casa (Senado Federal) por dentro e por fora, até porque cheguei à presidência dela. E chegando à presidência, não há porque negar que estou preparado. Eu pergunto ao eleitor: Será que com toda essa experiência, de ter sido governador, prefeito e deputado, eu não estou preparado? O eleitor precisa observar a experiência de cada um e como cada um se comportou”
Projetos apresentados e aprovados
“Consegui aprovar no Senado e terminou não sendo aprovado na Câmara Federal dos Deputados, a isenção do ICMS para os estados produtores de petróleo. A assembleia nacional estabeleceu uma imunidade fiscal no sentido de que o petróleo cobrado na origem, ele não pudesse ser taxado. Isso trouxe um grande prejuízo para os Estados produtores de petróleo e de energia”
Novidades
“Eu acho inegavelmente que o grande projeto que a população deve lutar por ele não é um projeto isolado de um partido. Acredito que ainda são as lutas pelas reformas política, tributária, previdenciária, trabalhista e eleitoral. Essas reformas precisam estar em pauta e precisam ser exigidas”
Reforma Tributária
“O governo federal fica com a maior parte da arrecadação e, inclusive, a gritaria dos municípios, se deve à alegação de que o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) está se compondo do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e do Imposto de Renda, que são arrecadações que, segundo o Governo Federal, estão caindo. O que está subindo são as contribuições sociais não compartilhadas”
Apoio à Dilma
“Não acho que seja uma posição dúbia. Eu acho que eu tenho o direito de apoiar a candidatura de Dilma, pelo fato do PMDB está lá sendo representando pelo Michel Temer. Estou prestigiando e participando de uma luta de meu partido, que vai ter uma influência nas decisões nacionais. Com relação a minha posição no estado, eu fui ao presidente Lula e disse a ele que teria uma posição diferente no plano estadual, que era apoiar a senadora Rosalba Ciarlini, pois havia aqui toda uma afinidade, toda uma convivência que se estabeleceu no senado e toda uma visão do que eu achava que seria melhor para o destino do estado”
Avaliação
“O governo do PSB tem um vício. Todo governo tem pelo menos uma área em que ele investiu mais, tem aqueles trunfos, mas a gente olha para a educação e vê que os professores, o alunado e os pais estão falando mal da educação. Hoje você vê todas essas avaliações que são feitas, todas elas imparciais e isentas, e todas elas dizem que o Rio Grande do Norte ora está na lanterninha ou na vice, quer dizer, a qualidade da nossa educação continua a desejar. Aí você se volta para a saúde e continua aquele mesmo caos. Eu fiz quase que um novo hospital na frente do Walfredo Gurgel, que é o Clóvis Sarinho, ou seja, eu procurei resolver. A demanda veio aumentando e vieram os outros governos como esse que nós estamos analisando e de fato não houve um grande investimento na saúde”
Segurança
“Eu respeito o argumento que diz que a segurança não é um problema isolado daqui, é um problema do país inteiro, mas não é por isso que o governo pode ficar de braços cruzados. É preciso usar sua inteligência, sua política. Então não há da parte do governo do PSB ações que justifiquem sua permanência. Foi um governo que perdeu-se nesse emaranhando de coisas para fazer”
Pesquisas
“Tranquilidade não existe em ano de campanha. Tranquilidade só existe quando há um desequilíbrio muito grande, mas nessa eleição do senado, não há esse desequilíbrio. As biografias dos candidatos são parecidas”
Descriminalização da maconha / casamento homossexual / aborto
“Quanto a isso eu tenho uma posição conservadora. Eu não sou tão ousado, eu só peço cautela. Não estou pedindo que não se debata. Até a candidata a presidente Marina Silva tem uma posição que eu acho até louvável, que é submeter a população a uma consulta plebiscitária para saber se isso se constitui realmente num anseio da nossa sociedade. Têm-se que respeitar os direitos das minorias, mas não podemos, em nome desse direito, já estabelecer determinados padrões através de normais legais que não atendam ao anseio de toda a população”
Copa de 2014
“Eu acho que a Copa é importantíssima para Natal que é uma cidade turística e precisa ter esse impulso. Agora eu vejo com preocupação o que está acontecendo. O governo federal se mostra disposto a liberar recursos. Só acho que a coisa tem que ser acompanhada para que não percamos essa chance. Por outro lado, é preciso saber o que será feito depois para que não se tenha uma ociosidade desses equipamentos”
Aeroporto de São Gonçalo do Amarante
“Eu venho participando de reuniões, venho acompanhando de perto tudo aquilo que está sendo feito para viabilizar a construção e acho, claro, que está sendo muito demorado. O aeroporto vem se arrastando. Eu acho que o BNDS tem uma responsabilidade muito grande por que ele ficou de criar um modelo de concessão que é um modelo inédito, um modelo que nunca foi adotado”
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