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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Agripino: “Sem investimento em infraestrutura não há crescimento”

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O projeto “Compromisso com Desenvolvimento”, realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomercio RN), Sesc e Senac, recebeu na segunda-feira (02), o senador José Agripino (DEM). O parlamentar falou a um grupo de empresários do estado, no Hotel Escola Senac-Barreira Roxa, reunidos para ouvir as propostas e compromissos dos candidatos ao Senado.No encontro, também estiveram reunidos o presidente da Fecomercio-RN, Marcelo Queiroz e o deputado federal Felipe Maia (DEM), candidato à reeleição.

O senador José Agripino, candidato à reeleição, avisou: “Ou o governo federal começa a investir na infraestrutura do Brasil ou vamos ficar sonhando em ser o país do futuro, sem nunca sermos”.

De acordo com o líder do Democratas, os recursos federais repassados para a construção de obras estruturantes, estradas, portos e aeroportos são pífios. O senador apresentou dados levantados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que mostram o Brasil na lanterna de investimentos em relação aos demais países em desenvolvimento. Nos últimos quatro anos, o Brasil teve apenas 1,69% de investimentos públicos em infraestrutura. A Rússia teve 4,93%, o Chile 2,39% e a China, 20,6%.

Quando os dados somam os recursos públicos e privados, o Brasil atinge a marca de 17,2%, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a Índia chega a 35% e a China, a 43%. “Qualquer parlamentar que tenha a cabeça no lugar quer um país competitivo e deve lutar para que os investimentos sejam feitos. Ou o Brasil fica sem condição mínima de competitividade”, alertou Agripino.

A qualificação profissional foi outro gargalo apontado pelo senador como empecilho para o crescimento do Brasil. “Sem investimento em infraestrutura e sem trabalhadores preparados não há crescimento. Por isso, se o RN me quiser novamente no Senado, vou dedicar meu mandato à juventude, pois é nela que repousa a perspectiva de desenvolvimento do país”, destacou.

O senador ainda fez uma retrospectiva da economia brasileira nos últimos anos e afirmou que a Lei de Responsabilidade Fiscal e o plano real foram os elementos que mantiveram a inflação sob controle nos últimos anos. “Fui governador com a inflação a 20% ao mês. Tinha que conceder aumento salarial a cada quatro meses ou a inflação comeria todo o salário do trabalhador. Hoje, com o controle da inflação, há segurança de investimento”, ressaltou.

De acordo com o líder, o atual presidente da República ganhou popularidade por manter a economia estável e por aumentar o poder de compra da população. No entanto, para Agripino, o governo do PT pegou carona na onda mundial de crescimento e, durante a crise, apenas manteve projetos implementados na gestão passada. “O mérito do atual governo foi apenas o de manter a política econômica anterior”, afirmou o senador.

Auxílio-maternidade

Questionado pelos empresários a respeito da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 64/07) da senadora Rosalba Ciarlini, que amplia o auxílio-maternidade de quatro para seis meses, Agripino afirmou que a senadora se preocupou em não penalizar a classe empresarial. De acordo com o líder, é fundamental que o Estado devolva, às empresas, as despesas extraordinárias. “O projeto de Rosalba é um investimento social. Não é para criar despesa e entregar a conta ao empresário. Há previsto o ressarcimento por parte da União”, esclareceu.

Sobre o projeto que reduz da jornada de trabalho de 44h para 40h semanais, em tramitação na Câmara dos Deputados, o líder ressaltou a necessidade de se ouvir os empresários do país. “Vamos promover muitas audiências públicas no Congresso para ouvir todos os lados. Esta matéria será decidida à luz do argumento. Mas adianto que sou a favor do emprego”, disse.

Assessoria de Imprensa:

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