O currais-novense Pedro Luiz Silva Neto estuda processar o Governo do Estado por danos morais no futuro, depois que o caso envolvendo sua prisão por suporta participação do esquema envolvendo desvios de precatórios do Tribunal de Justiça acabar. No depoimento que prestou à polícia na manhã de terça-feira, ele negou que conhecesse Carla Ubarana, o marido George Leal ou qualquer um dos outros três presos. As outras foram direcionadas à função que exercia no cargo de escriturário no Banco do Brasil. Ele contou também que ouviu um pedido de desculpas do delegado Marcos Dayan sobre a forma truculenta com que a polícia invadiu sua residência para cumprir o mandado de prisão temporária, busca e apreensão. Ainda assim, o delegado afirmou que o serviço precisava ser feito porque ele recusou a abrir a porta.
“Mas claro que não abri. Outro dia aqui perto fecharam uma boca de fumo. Quando ouvi um cara gritando pensei que fosse um bandido correndo da polícia ou um drogado. Tanto que mandei minha mulher chamar a polícia. Reviraram minha casa toda para procurar documentos. Levaram até o cheque de um cliente da minha mulher que tem uma empresa”, disse o bancário que também é contabilista da empresa da esposa.
Pedro Luiz está inconsolável. A voz ameaça embargar quando relembra o que viveu na terça- feira. Prova de que ele não representa perigo para a sociedade é o fato de estar em prisão domiciliar, mas nenhum policial faz a guarda em frente à residência. Um dia após a prisão, o escriturário recebeu a visita espontânea de um psicólogo do Banco do Brasil e, durante a entrevista ao NOVO JORNAL, quatro colegas da agência lhe fizeram uma visita. Ontem, Pedro e a esposa acordaram antes das 5 horas da manhã. “A sensação é de que a polícia pode chegar a qualquer momento. Estão acabando com minha vida”, desabafou.
fonte:NovoJornal
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