Único Estado brasileiro a pagar o Programa do Leite diretamente aos produtores, o Rio Grande do Norte não pensa em privilégios. Quer apenas que o governo federal dispense o mesmo tratamento dado aos outros Estados. O RN recebe apenas 20% dos custos do programa. Os outros 80% são bancados pelo governo do Estado. Nos demais Estados, a situação é inversa. “O que queremos étratamento igual”, cobrou a governadora Rosalba Ciarlini ao secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Marcelo Carbona.
A governadora concorda com o deputado Henrique Alves que a exigência de tratamento igualitário é apenas direito dos potiguares e que por isso, não deve ser questionada. “Precisamos que o governo federal entenda que nosso Estado merece a mesma atenção”, insiste Rosalba, adiantando que a ampliação dos recursos permitirá que o programa que hoje atende 107 municípios chegue a outros 50.
E, mais que o aumento dos 150 mil litros distribuídos por dia, o governo quer criar condições para dar o reajuste pedido pelos produtores. Atualmente o governo estadual paga R$ 0,83 pelo litro do leite. O MDS está estudando subir de R$ 0,74 para R$ 0,86 o litro do leite de vaca. Só depois disso é que o novo preço será definido pelo governo estadual. O leite de cabra também deverá ser reajustado. Os valores ainda vão ser definidos para todos os Estados.
O secretário Marcelo Carbona pediu um mês para dar resposta aos pleitos levados pela governadora Rosalba Ciarlini, deputado Henrique Alves, secretário Betinho Rosado e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (FAEN), José Álvares Vieira. Diante do quadro de estiagem, a governadora pediu pressa e o secretário do MDS ficou de antecipar o prazo. “Nos últimos 20 dias, com a seca, todos os insumos para o rebanho subiram de preço. O farelo de soja, por exemplo, passou de R$ 46,00 para R$ 62,00”, argumentou o presidente da FAERN.
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