“De totalitarismo entende bem José Bezerra e o seu partido, o DEM”
A deputada federal Fátima Bezerra reage às declarações do senador José Bezerra Junior (DEM) que em entrevista a O Jornal de Hoje desta sexta-feira (8) disse que a candidata a presidente da República pelo PT, Dilma Rousseff, foi “terrorista e assaltante de banco”. “O senador em exercício José Bezerra Junior vir a público se manifestar contra Dilma e o PT não é novidade nenhum. Afinal, ele representa exatamente tudo aquilo que tanto combatemos, este pensamento retrógrado e antidemocrático que alimentou e possibilitou que o país vivesse 20 anos de uma das ditaduras mais cruéis da nossa história”, declara a deputada.
Fátima Bezerra (PT-RN), reeleita deputada federal com a maior votação para o cargo na história do estado - mais de 220 mil votos – também responde as críticas do senador José Bezerra Junior de que o PT quer formar um estado totalitarista. “De totalitarismo entende bem José Bezerra e seu partido, o DEM, ex-PFL e ex-PDS, que deu apoio político ao golpe, às prisões e às torturas neste país”, disse Fátima. Para ela, a luta contra a ditadura aconteceu em várias frentes e, em grande parte, na clandestinidade. “Não havia espaço para o debate das idéias; os que discordavam ou falavam contra o governo do DEM/PDS eram presos e torturados”, afirmou.
“O próprio Serra, candidato apoiado por José Bezerra e o titular da sua cadeira no Senado, José Agripino, fez um exílio voluntário com medo de fazer política no país dos generais e de políticos antidemocráticos”, argumentou Fátima Bezerra.
Para a deputada, “se não existissem militantes contra a ditadura como Dilma Roussef, que foi presa e torturada, não viveríamos hoje um estado democrático de direito que possibilita a manifestação do pensamento e até que o senador em exercício fale as barbaridades que ele anda propalando”.
Segundo Fátima, a verdade é que “o pessoal do DEM/PSDB que apoia Serra não quer travar o verdadeiro debate, que é o confronte de propostas para o Brasil, mas como esse debate não os favorece, a estratégia é atacar com mentiras e calunias, deturpando até fatos da nossa história recente. Nós defendemos o Brasil seguindo em frente com Dilma fazendo as mudanças iniciadas por Lula; o Brasil de hoje que o povo brasileiro vem aprovando nas urnas, com crescimento econômico e distribuição de renda, emprego, investimento forte na educação, e inclusão social. O Brasil de FHC/Serra é de ontem; é de estagnação econômica, desemprego, privatizações selvagens, do sucateamento da educação e do arrocho salarial cruel”, comparou a deputada.
A parlamentar petista considera que “José Bezerra e o seu DEM já tiveram a melhor e mais dura resposta em nível nacional” com o desempenho eleitoral nas urnas. “O antigo PFL, que em 2002 elegeu 84 deputados, caiu nesta eleição para 43. No Senado, a renovação possibilitou que o PT saísse de oito para 14 senadores. Enquanto isso, as urnas deram o cartão vermelho para caciques da Casa como Efrain Morais, Heráclito Forte, Marco Maciel, Mão Santa, Artur Virgílio e Tarso Jereissati, tidos como
os mais reacionários e raivosos representantes da elite brasileira”, disse a parlamentar petista acrescentando: “para justificar a regra, a exceção foi o cacique José Agripino, do RN, que sobreviveu”.
Coordenadora política da campanha de Dilma Roussef no RN, Fátima Bezerra disse que com “serenidade e muita firmeza que o movimento pro Dilma Presidente cresceu no Estado”. Além dos partidos que já davam sustentação, “o PMDB que estava divido com a eleição estadual agora está unido e estamos montando vários palanques para Dilma e comitês setoriais, estes já articulados, como o de prefeitos, movimento sindical, trabalhadores rurais, evangélicos, cristãos, juventude, mulheres, advogados, universitários, educação e saúde, entre outros”
Segundo Fátima Bezerra, a descentralização de palanques e ações na campanha de Dilma no RN, “estrategicamente dará mais volume na mobilização política e visibilidade à nossa candidata”. Ela informa que foi criada uma comissão executiva para coordenar as movimentações, integradas pelo PT, PSB, PMDB, PDT, PCdoB e PR. “As mobilizações espontâneas já estão ocorrendo e a largada oficial de rua será dia 13”, registrou a deputada.
“Estamos tranqüilos. A oposição quer cantar vitória, mas esquece que essa vitória é de Dilma, do PT e dos partidos da base aliada. A oposição começou a ser derrotada no primeiro turno. Dilma começou com 3% de intenções de voto e venceu o primeiro turno com 47% dos votos dos brasileiros. Dos 18 governadores eleitores no primeiro turno, nossa base fez onze. Na Câmara Federal, foram eleitos mais de 300 aliados. O PT foi o partido que elegeu o maior número de deputados. A oposição encolheu”, finalizou a deputada Fátima.
Assessoria
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