Com um discurso ofensivo, José Serra deflagrou, agora há pouco, o segundo turno da sua campanha presidencial, reunindo em Brasília um “exército” de governadores, senadores e deputados consagrados nas urnas – como Aécio Neves (MG), Beto Richa (PR) e Geraldo Alckmin (SP) – e também de lideranças como Tasso Jereissati (CE), que garantiu engajamento total. “Nunca tive dúvidas do segundo turno. Nem nos momentos mais difíceis. Sempre confiei em vocês, no povo brasileiro e na minha energia, que está mais forte ainda”, enfatizou Serra. “Quanto mais mentiras forem ditas pelas falanges do ódio, responderemos falando mais e mais verdades sobre eles nesse segundo turno”, enfatizou.
Serra lembrou que já havia alertado para a campanha autoritária que o PT iria fazer contra ele ainda no pré-lançamento de sua candidatura, realizado no mesmo local no centro de convenções Brasil 21, no bairro da Asa Sul da capital federal. Na mesma linha, o ex-governador de Minas Gerais e senador eleito Aécio Neves reiterou que também no pré-lançamento da candidatura de Serra antecipou que o PT iria tentar dividir o País. “Mas o Brasil disse não e essa divisão e também disse não à tutela que tentaram impor ao povo brasileiro, que mandou muito bem o recado de que prefere ele mesmo escolher o seu destino, e foi assim que a oposição tornou-se vencedora nas eleições estaduais e será assim que vamos eleger José Serra presidente”, assegurou.
Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba e governador eleito do Paraná, garantiu que lá, onde Serra foi amplamente majoritário, “vamos aumentar ainda mais e diferença em seu favor, porque a minha eleição só será completa com a eleição de Serra presidente”. O senador Tasso Jereissati, que não se reelegeu, denunciou o uso da máquina pública nos níveis federal, estadual e municipal contra ele e também a interferência direta e pessoal do presidente da República para depois pontuar: “Vou fazer uma campanha muito forte para o Serra no Ceará, porque, sinceramente, a eleição dele é mais importante do que a minha, porque é para o bem do Brasil”.
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, que fez uma dobradinha forte com José Serra no seu Estado, anunciou que já a partir das oito horas de amanhã irá rodar toda a Grande São Paulo para “duplicar” a votação do tucano. “A nossa campanha não parou nem vai parar enquanto não elegermos Serra presidente para o bem do povo brasileiro”. Os candidatos que estão disputando o segundo turno em seus estados, como Marconi Perillo (GO), disseram que “a virada do Serra já se sente nas ruas” e destacou: “Já fizemos uma campanha unida no primeiro turno e agora, com os deputados e senadores já eleitos, vamos formar um bloco ainda mais coeso. Todo o nosso material já está casado”.
Serra, cuja campanha tem a marca popular, com muito corpo-a-corpo, resolveu abrir a reunião com os aliados para a imprensa, ao contrário do PT, que fez a sua reunião fechada. “O que me deu mais força até agora foi o corpo-a-corpo com as pessoas. Vamos de braços juntos, cabeça erguida e cabeça leve à vitória”, concluiu o candidato da coligação “O Brasil Pode Mais”.
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