O Brasil
produz cerca de 67 milhões de pneus por ano. O descarte de forma errada é uma
ameaça para o meio ambiente.
Uma ideia desenvolvida no Recife está
ajudando a diminuir a proliferação do mosquito da dengue. E com um benefício
enorme para o meio-ambiente.
Montanhas de pneus velhos lotam o galpão da
coleta seletiva do Recife. Todos dias três caminhões chegam abarrotados. Eles
passam de bairro em bairro recolhendo a moradia preferida do mosquito da
dengue.
“Ele é o berçário ideal para o mosquito da
dengue. Ele dá sombra e a água, então isso aqui é tudo o que o mosquito da
dengue quer para se proliferar”, diz Otoniel Freire Barro, gerente de saúde
ambiental.
O Brasil produz cerca de 67 milhões de pneus
por ano. O descarte de forma errada é uma ameaça para o meio ambiente.
Transformar lixo e problema em matéria-prima
e lucro. A tecnologia tem sido uma aliada importante pra vencer este desafio. E
o melhor, é que do pneu tudo se aproveita. Em uma empresa no Recife, 100% dos
velhos pneus viram novos produtos.
A tecnologia foi adaptada por uma organização
ambientalista. Os pneus são cortados e colocados em caldeiras a 400 graus de
temperatura. Derretidos 200 pneus dão origem a 250 litros de óleo, 300 quilos
de carvão mineral, 150 quilos de aço e geram outro produto que não dá pra ver:
o gás que é usado para alimentar as caldeiras.
O carvão e o óleo voltam para as indústrias
como combustível. O aço é aproveitado pelas metalúrgicas.
O pneu triturado é usado na produção do
asfalto de borracha. O caminhão ecológico percorre as ruas do Recife tapando
buracos. A primeira camada é de brita. Depois, uma mistura com asfalto e, por
último, a camada com os grãozinhos de pneus.
Os testes indicam que o asfalto de borracha
pode durar entre três e cinco anos. E de buraco em buraco, segundo a empresa,
cada caminhão ecológico vai retirando da natureza 21 mil pneus por ano.
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