A secretária de Estado da Educação, professora Betania Ramalho, participou na manhã desta terça-feira (20), do abraço simbólico ao Colégio Atheneu, idealizado pela Associação de Ex-Alunos da escola. Também estiveram presentes o secretário-adjunto da Educação, Joaquim Oliveira, coordenadores e técnicos da Secretaria de Educação. Eles foram ouvir de perto as reivindicações de alunos, professores, pais e funcionários da escola, que pedem melhorias na infraestrutura do colégio. No dia anterior, Betania Ramalho já havia se reunido com representantes da escola na secretaria, para dar continuidade às conversas sobre o assunto.
De acordo com a secretária, o governo havia planejado reformar o Atheneu e outras grandes escolas de Natal este ano, com recursos próprios, mas priorizou o pagamento do reajuste de 63,77% concedido aos professores, o que comprometeu a capacidade de investimentos da Secretaria de Educação. “Apesar disso, os recursos para reforma foram aprovados pelo Plano de Ações Articuladas – PAR, do governo federal, e a recuperação da unidade será realizada em 2013.”
Betania Ramalho diz ainda que os problemas da escola vão além da infraestrutura. “Nesse sentido, um novo projeto político-pedagógico começou a ser elaborado para o Colégio Atheneu, com o objetivo de reverter a evasão escolar e aumentar a qualidade do ensino oferecido aos alunos. Na próxima sexta-feira (23), a partir das 9h30, no próprio Atheneu, teremos um novo encontro com todos os professores e a equipe pedagógica da escola, para iniciarmos a construção desse plano.”
“Na reunião de sexta-feira, vamos definir qual Ensino Médio é o mais promissor para o Atheneu. Vamos escutar os professores, conhecer as demandas, saber como podemos dar mais condições para que eles possam fazer um bom planejamento de seus conteúdos. Queremos ainda dar passos concretos para definir como vamos fechar o ano de 2012 e como será o planejamento para 2013”, destacou Betania Ramalho.
A secretária acredita ainda que apesar dos problemas de infraestrutura, o que mais tem prejudicado o número de matrículas e a imagem da unidade envolve a gestão de pessoas e a gestão de conteúdos. “Fala-se muito do Atheneu como sendo uma escola que há anos precisa recuperar seu status, sua credibilidade, sua estrutura, mas a gente pode observar que o problema não é apenas de estrutural. O problema é que existe uma crise forte, há muito tempo, de gestão. E a gestão passa também pelo problema da falta de comprometimento de alguns professores, de um projeto pedagógico com foco no ensino, na aprendizagem, no acompanhamento dos alunos.”
Presente à reunião desta segunda-feira (19), com a secretária, a atual diretora da escola, professora Marcelle Lucena, concordou com a opinião de que o maior problema da escola não é a estrutura. “O problema maior é a falta de motivação de alguns professores. Logo, a parte estrutural não é a pior. Não é o que vai ocasionar uma boa aula, nem é o que vai ocasionar uma aula não proveitosa. O professor contribui em 80% para que o trabalho seja realizado. Se eu tenho um professor que cumpre o seu horário e o seu papel, o aluno fica motivado e a questão estrutural é um complemento.”
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