Em reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO), nesta terça-feira (16), os futuros ministros da Fazenda e do Planejamento, Joaquim Levy e Nelson Barbosa, explicaram as metas para 2015, mas não anteciparam as medidas para recuperar o crescimento econômico do país.
Em reunião a portas fechadas com parlamentares, os membros da nova equipe econômica se comprometeram a abandonar a “contabilidade criativa” do atual governo em nome da austeridade necessária. Um dos autores do requerimento para a ida de Levy à CMO, o deputado federal Felipe Maia (DEM), ressaltou que os futuros ministros se comprometeram a reduzir gastos e a dar mais transparência às decisões do governo na área econômica. “A nova equipe está baseada naquilo que fizeram governos passados: respeito às metas fiscais e ao tripé da economia, inflação dentro da meta, câmbio flutuante e a política de superávit primário respeitada”, disse.
De acordo com o democrata, Joaquim Levy passou a mensagem de que 2015 será um ano de dificuldades e de cortes seletivos de gastos públicos, e que a meta de poupar 1,2% do PIB no próximo ano para o superávit primário vai depender de grande esforço. A oposição aproveitou o encontro para rechaçar a possível alta de impostos, como da Cide (sobre a gasolina) e a retomada da CPMF, medidas que estão sendo consideradas para aumentar a receita do governo.
“Vamos dificultar a criação de qualquer novo imposto. É preciso acabar com a prática de empurrar mais imposto para o bolso do contribuinte todas as vezes que o governo estiver em desequilíbrio entre despesa e receita”, ressaltou o deputado.
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