G1/RN
Um detento foi assassinado a facadas na manhã desta segunda-feira (16) dentro do Presídio Rogério Coutinho Madruga, em Nísia Floresta, na Grande Natal. A unidade é mais conhecida como Pavilhão 5 de Alcaçuz – que é o maior presídio do estado. O detento morto foi identificado comoJhonny Kefferson Trindade, de 19 anos, que respondia pelos crimes de tráfico de drogas e furto. Ele foi o 12º preso morto dentro do sistema penitenciário potiguar este ano.
Segundo o agente penitenciário Ivis Ferreira, diretor do presídio, Jhonny Kefferson foi assassinado dentro da Ala B da unidade. “Foi durante o banho de sol. Se aproximaram dele e o esfaquearam. Ainda não sabemos quem o matou e por qual motivo", ressaltou.
A Polícia Civil foi ao presídio e já deu início à investigação. O corpo do preso foi levado para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep).
Dos 12 detentos mortos este ano dentro do sistema prisional em 2016, este foi o segundo caso no Presídio Rogério Coutinho Madruga. Em março, Francisco Canindé Souza da Silva, de 39 anos, também foi morto a facadas. Apelidado de 'Júnior do Morro', ele cumpria pena por tráfico de drogas, homicídio e porte ilegal de arma de fogo. Na ocasião, um detento usou um aparelho de telefone celular, registrou os gritos de celebração e filmou a retirada do corpo. No dia seguinte, agentes penitenciários fizeram uma revista e apreenderam quatro celulares na carceragem onde o detento fez a filmagem. O preso admitiu ter feito o vídeo e foi autuado Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar não passa por um bom momento. E faz tempo. Em março de 2015, após uma série de rebeliões em várias unidades prisionais, o governo decretou estado de calamidade pública e pediu ajuda à Força Nacional. Para a recuperação de 14 presídios, todos depredados durante os motins, foram gastos mais de R$ 7 milhões. No entanto, o sistema permanece em crise. Seis meses depois, o decreto de calamidade foi prorrogado por mais 180 dias e a permanência da Força Nacional também renovada.
Já no dia 17 de março deste ano, o governo do Rio Grande do Norte voltou a renovar o decreto de calamidade no sistema prisional potiguar e mais uma vez pediu socorro à Força Nacional. A renovação da calamidade, por mais seis meses, foi assinada pelo governador Robinson Faria. O documento diz que a renovação tem por objetivo "legitimar a adoção e execução de medidas emergenciais que se mostrarem necessárias ao restabelecimento do seu normal funcionamento".
Fugas
Além das unidades depredadas e da superlotação, as fugas também se tornaram um problema constante para o Estado. Somente este ano, 205 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar. A média é de 12 fugitivos por semana. administrativamente pelo uso do aparelho.
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