O maior cestinha do basquete brasileiro, Oscar Schmidt, encerrou nesta terça-feira (24) a sua visita a escola em que estudou durante a infância na capital potiguar, o Salesiano São José. A instituição celebra neste ano 80 anos de sua inauguração e para marcar a data recebeu o ex-aluno por dois dias. A programação foi encerrada com a entrega de uma placa de homenagem da escola e uma coletiva de imprensa.
No bate-papo com os jornalistas, Oscar lembrou que foi no Salesiano São José que ele iniciou sua vida como um atleta, no entanto, o basquete ainda não era um esporte já definido. “Eu fazia vários esportes, não era um aluno especificamente do basquete. Por exemplo, nessa mesma época eu treinei muito natação”, conta o ex-jogador da seleção brasileira.
Da vida escolar, Schmidt ainda lembrou a formação como cidadão e cristão que leva até hoje para a vida. Entre os amigos de sala de aula e dos corredores, citou como grande a amizade com o Padre Prata, então diretor da instituição.
A afinidade com a instituição de ensino foi tão grande que, aos 13 anos, quando a família se mudou para Brasília a rede Salesiana foi a escolhida pelos pais e pelo jovem estudante para continuar os estudos. “A formação salesiana recebida pelo Oscar reafirma para nós a certeza de que a educação é a arma mais poderosa para mudar uma sociedade. Principalmente quando ele vem e visita nossa unidade e mostra este profundo desejo de agradecer aos que ofereceram a ele essa educação de qualidade e capaz de formar um bom cristão, honesto cidadão e profissional de excelência. É um sinal de que estamos no rumo certo, com a grande proposta que é fazer a sociedade receber pessoas capacitadas e capazes de mudar o mundo para melhor”, registra o Pe Robson, atual diretor do Salesiano.
PERFIL
Oscar começou sua carreira no Palmeiras, em 1974, e depois se transferiu para o Sírio, em 1978. A partir de 1982, atuou durante 11 temporadas na Itália, vestindo as camisas do Caserta e do Pavia neste período. Em seguida, o atleta foi para o espanhol Valhadolid. Em 1995, decidiu voltar para o Brasil, onde defendeu Corinthians, Bandeirantes (SP), Barueri (SP) e Flamengo.
Com 2,05m de altura e 107 kg, Oscar guarda a participação nos Jogos Olímpicos de Moscou 1980, Los Angeles 1984, Seul 1988, Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Com isso, ele se igualou ao recorde do portorriquenho Teófilo da Cruz e depois a Andrew Gaze da Austrália. Os três dividem atualmente a marca de maior número de participações de um jogador de basquete em Olimpíadas. Embora o Brasil não tenha chegado perto do título olímpico, Oscar foi pela terceira vez o cestinha da competição, com 219 pontos, tornando-se o primeiro atleta a superar a marca dos 1.000 pontos em Olimpíadas – precisamente 1.093.
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