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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

DF - PMDB ABANDONA GOVERNO DE JOSÉ ARRUDA

Sexto partido a retirar apoio, PMDB fez vistas grossas a filiados suspeitos
A executiva do PDMB no Distrito Federal decidiu na noite desta segunda-feira deixar o governo de José Roberto Arruda, suspeito de comandar um esquema de corrupção apelidado de mensalão do DEM. Hoje, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) entrou com o 11º pedido de impeachment contra Arruda. A expectativa é de que o DEM anuncie a expulsão do governador do partido na próxima quinta-feira (10).
Com a decisão, o PMDB é o sexto partido a abandonar Arruda após o escândalo vir a público. PSB, PSDB, PDT, PPS e PV já anunciaram a saída.

Além de abandonar Arruda, a reunião tratou das acusações contra os quatro membros da legenda suspeitos de participar do esquema: o deputado Eduardo Cunha (RJ); o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN); o presidente da Câmara, Michel Temer (SP); e o deputado Tadeu Filippelli (DF), presidente regional da legenda.

Sobre eles - que negam as acusações -, a Executiva vai acompanhar a evolução dos inquéritos para só então decidir o que fazer.

Leia, abaixo, a nota oficial divulgada pelo partido:

"O PMDB do Distrito Federal, através de sua Comissão Executiva Regional, dirige-se à população de Brasília para manifestar-se e posicionar-se nos seguintes termos:

1 – Em janeiro de 2009, o PMDB-DF abriu interlocução com o governo local dentro de um esforço de governabilidade que, estamos convictos, produziu resultados extremamente positivos para o Distrito Federal, tanto no que se refere às demandas junto à área federal, como também no desempenho de algumas funções na administração distrital, através de importantes quadros do partido.

2 – Nas últimas semanas, diante de alguns conflitos e manifestações de resistência ao PMDB por parte de segmentos do DEM, no tocante às articulações políticas para as eleições de 2010, o partido, embora revelasse publicamente o seu descontentamento com essa falta de reciprocidade, manteve apoio ao governo, sempre em nome da governabilidade tão importante para a população de Brasília. Apesar de surpreendidos com os fatos revelados pela operação Caixa de Pandora, como de resto a toda população do Distrito Federal, mantivemos a postura de serenidade.

3 – Diante da evolução desses fatos, que consideramos lamentáveis, esgotaram-se para o PMDB todas as alternativas de continuar contribuindo com o atual governo, não restando outra opção senão determinar a todos os seus quadros que se encontram na atual administração a entrega imediata dos seus cargos de confiança. Preocupado em assegurar a governabilidade, o PMDB–DF orienta, ainda, que esse procedimento obedeça aos ritos legais de cada uma das funções hoje ocupadas, para que não haja solução de continuidade da administração pública.

4 – Quanto aos peemedebistas citados nos processos, o PMDB aguardará a conclusão das investigações pelos órgãos competentes para se manifestar sobre as providências a serem tomadas.

5 - O PMDB acompanhará atento todos esses fatos para que os seus desdobramentos não comprometam obras e projetos estruturantes, trazendo maiores prejuízos para a população do Distrito Federal. Com a unidade, o equilíbrio e a independência que sempre marcaram o nosso posicionamento, manifestamos a confiança no desempenho republicano de nossas instituições democráticas, na prevalência da Justiça e do interesse maior do Distrito Federal.

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