Brasília – Com 13 votos, o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal (DF) e administrador de Ceilândia Rogério Rosso, do PMDB, foi escolhido, há pouco, em eleição indireta, novo governador do DF. Ivelise Longhi, ex-administradora de Brasília, foi eleita vice-governadora. A posse será na próxima segunda-feira (19).
Rosso, de 41 anos, vai cumprir um mandato-tampão até 31 de dezembro, substituindo José Roberto Arruda (sem partido), cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), por infidelidade partidária. Arruda é acusado de chefiar um suposto esquema de corrupção revelado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
A sessão de escolha do novo governador do Distrito Federal começou com uma hora de atraso. Desde o início do dia, os candidatos e os deputados distritais fizeram diversas reuniões para tentar fechar acordo na votação.
Inicialmente, seis candidatos concorreriam, mas, ainda no início da tarde, o candidato do PcdoB, Messias de Souza, saiu da disputa, alegando que era preciso juntar forças para “derrotar o esquema montado por Arruda”. Aguinaldo de Jesus, do PRB, também desistiu de concorrer, explicando, da tribuna do plenário, que vai continuar com seu mandato de deputado distrital.
As quatro chapas restantes tiveram direito de discursar da tribuna do plenário: cinco minutos para o candidato ao governo e três para o vice. Apenas o governador em exercício, Wilson Lima (PR), também candidato, abusou do prazo e falou por 16 minutos. Em seu discurso, prometeu corte de gastos supérfluos, inauguração “apenas das obras fundamentais para a cidade” e aumento para policiais e bombeiros.
Os outros candidatos a transparência e a qualidade de vida em seus discursos. O ex-secretário de Educação Antônio Ibañez, do PT, lembrou que é preciso ter orgulho da capital do país e fez referência ao desenvolvimento sustentável e ao orgulho da população. Rosso falou de Juscelino Kubistchek e dos 50 anos da capital. O representante do PTB, Luiz Filipe Coelho, ex-presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal, também prometeu transparência nos gastos.
Enquanto deputados distritais fechavam acordos e faziam discursos no plenário da Câmara, do lado de fora, manifestantes do movimento Fora Arruda protestavam contra a eleição. Alegavam que a Câmara Legislativa não tinha condições de escolher o novo governador, já que diversos deputados distritais são acusados de envolvimento no esquema de corrupção descoberto com a Operação Caixa de Pandora.
Os manifestantes tentaram invadir a Câmara Legislativa e foram contidos pela polícia. Houve confronto e duas pessoas foram presas. Um dos manifestantes teve de ser levado ao Hospital de Base com ferimentos na cabeça.
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