Ivan Richard e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Após um ano e seis meses fechado para reforma, o Palácio do Planalto voltará a receber amanhã (25) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao custo de R$ 111 milhões, a primeira reforma completa do edifício desenhado por Oscar Niemeyer modernizou instalações elétricas, hidráulicas e o sistema de ar-condicionado. Os móveis também foram restaurados. Todos, agora, são de artistas brasileiros, com objetivo de valorizar a cultura nacional.
Segundo o secretário executivo da Curadoria do Palácio do Planalto, Cláudio Soares Rocha, foram recuperadas ou restauradas mais de 400 mesas de trabalho, entre elas, duas usadas pelo ex-presidente e fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek. Por opção do presidente Lula, as mesas de JK não serão usadas no gabinete presidencial, mas farão parte da decoração do terceiro andar do prédio, onde fica a sala do presidente.
Rocha explicou que a nova mobília do Palácio do Planalto visa valorizar os artistas nacionais. Segundo ele, anteriormente, a utilização dos móveis visava apenas à estética e ao conforto. “O Palácio também tem que 'vender' o país”, disse Rocha, acrescentando que os móveis estrangeiros deverão ser usados apenas em ambientes restritos ou cedidos para outros órgãos do governo.
O quarto e último andar do prédio foi o que mais sofreu alterações. Por questões de segurança, o local teve os corredores ampliados e foi aberta uma saída de emergência. Um jardim foi demolido, um painel de azulejos do artista plástico Athos Bulcão, que não pôde ser removido intacto, foi substituído por uma réplica e o carpete que cobria do piso deu lugar a pedras de mármore.
O andar do gabinete do presidente recebeu vidros blindados na sala audiência, onde são recebidas autoridades estrangeiras. O carpete foi retirado e as salas dos ministros, secretários executivos e chefes de gabinete foram padronizadas. De acordo com o secretário executivo da Curadoria do Palácio do Planalto, Lula preferiu não fazer grandes mudanças em seu gabinete.
Usado para eventos oficiais, o segundo andar teve o piso restaurado e recebeu cortinas acústicas. No térreo, está prevista a montagem da galeria com os retratos dos presidentes do Brasil, antes instalada no terceiro andar.
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