Quatro anos depois, com a negativa da criação da Rede Sustentabilidade, Marina acabou se filiando ao PSB e integrou a chapa ao lado de Eduardo Campos na disputa pela presidência da República. Mesmo assim discordou de posicionamentos do partido em alguns estados, como o caso da ex-governadora Wilma de Faria, que pediu a liberação do PSB para disputar o Senado na chapa do governadorável potiguar Henrique Alves (PMDB).
Para Marina, Henrique “representa a velha política, a continuidade dos problemas que assolam o estado do Rio Grande do Norte secularmente governado pela oligarquia Alves. Henrique é o que se tem de pior na política deste país”. Ideia corroborada pelo próprio Eduardo Campos que, se eleito presidente, disse que “o PMDB de Henrique, Renan Calheiros, Eduardo Cunha e José Sarney não participaria do governo dele e sim o PMDB do senador Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS)”.
“Muita gente pode imaginar que Marina é magrinha e fraquinha. Magrinha realmente ela é. Conheço bem a Marina e sei que é coerente, corajosa e muito forte. Às vezes se assemelha a uma ‘biorana preta’, que é uma espécie de árvore da Amazônia de tronco fino, mas experimente bater com um machado: sai faísca, mas ela não verga", comparou o vereador.
Segundo Leleu, Marina vai cumprir rigorosamente o compromisso com Eduardo Campos e não adianta Wilma imaginar que ela vai mudar de opinião com relação a Henrique. “Aliás, a título de sugestão Wilma já poderia pensar em pedir a Henrique um lugar no PMDB, pois acredito que os dias dela estão contados no PSB”, avaliou Leleu. “Já Henrique Alves poderia estar imaginando que Wilma seria o elo entre o PMDB e Marina. É mais uma tentativa dele querer ‘marinar’, já que o seu partido tem como prática o oportunismo e fisiologismo”, concluiu.
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