O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) levou para o plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (04) denúncia feita por pais de alunos do Núcleo de Educação Infantil (NEI) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) de que professores estariam utilizando a sala de aula para promover doutrinação contra o governo Michel Temer (PMDB) e a PEC 241, que limita gastos públicos. O parlamentar também rebateu a senadora Fátima Bezerra (PT), que o criticou por cobrar do Ministério Público Federal (MPF) uma investigação sobre o caso.
“A senadora emitiu uma nota em que se solidariza com esse movimento, ao mesmo tempo em que afirma que é inaceitável que o parlamentar mova uma ação junto ao Ministério Público para tentar criminalizar professores e impor lei de mordaça. Eu quero responder à Senadora que esse Parlamentar tem nome, CPF e endereço, é o Deputado Rogério Marinho, que não se esconde e não partidariza a educação, não a usa como aparelho político”, disse Rogério em discurso.
O deputado relatou que a educação no Brasil regrediu nos últimos 10 anos, conforme mostram os índices de qualidade do ensino, “fruto da má formação dos nossos professores em função da grade curricular que lhes é imposta a partir da universidade. Um professor, hoje, sai da universidade sabendo quem é Lenin, quem é Marx, quem é Paulo Freire, quem é Emília Ferreiro, mas não sabe o que é metodologia de ensino”, completou.
Para Rogério, “o arbítrio de que fala a senadora é a falta de qualidade da educação brasileira, em especial no nosso Estado. E ela, há 30 anos, está se elegendo e se reelegendo em função do trabalho de sindicatos feito lá contra a qualidade da educação. Inaceitável é uma senadora se comportar como chefe de facção, abrindo mão da liturgia do cargo que ocupa em prol dessa hegemonia marxista que afronta a lei, a Constituição brasileira e a nossa LDB — Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”.
O deputado ainda expressou “solidariedade irrestrita aos pais das crianças que são vitimadas por essa prática criminosa e vil, não apenas no NEI, mas em todas as escolas do Brasil, que podem estar sofrendo o mesmo tipo de atentado, ao mesmo tempo em que reafirmo a luta contra o aparelhamento e a doutrinação que atenta contra a ética, a moral, a religião e as famílias do nosso país”.
No último dia 22 de setembro os professores do NEI participaram de uma paralisação em protesto contra a PEC 241. Segundo denúncia de pais de alunos, as crianças foram orientadas em sala de aula a produzirem cartazes contra o projeto e o governo Temer. O NEI possui alunos do ensino infantil ao fundamental, de até 9 anos de idade.
“Trata-se de crianças de 7, 8 e 9 anos. Qual é a compreensão que elas têm a respeito desses fatos ou desses assuntos? Nenhuma. Essa é uma forma vil, covarde e criminosa de se colocar um ponto de vista, uma visão da história e usar a escola como aparelho político-ideológico. Isso tem que ser repudiado por toda a nação brasileira”.
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