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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Acusados de matar advogado no RN serão julgados nesta quinta-feira

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte confirmou para esta quinta-feira (11) a realização do júri popular de três dos quatro acusados da morte do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, executado a tiros na noite do dia 9 de maio do ano passado em um bar no bairro Nossa Senhora de Nazaré, na Zona Oeste de Natal. O julgamento acontecerá a partir das 8h no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Sentarão no banco dos réus os acusados Lucas Daniel André da Silva, conhecido como Luquinha, que confessou ser o autor dos disparos; Expedido José dos Santos, apontado como mandante do crime; e Marcos Antônio de Melo Pontes, o Irmão Marcos, que teria dirigido o veículo no dia da morte.
O quarto acusado, o sargento da Polícia Militar Antônio Carlos Ferreira de Lima, não participará do julgamento por ter recorrido da sentença de pronúncia. A ação ainda não foi julgada, segundo o advogado de acusação, Manoel Fernandes Braga. Na decisão que sentenciou os acusados ao júri popular, o juiz da 3ª Vara Criminal, Ricardo Procópio Bandeira de Melo, explica que os acusados Luquinha, Irmão Marcos e Expedito José dos Santos confessaram participação no crime, confirmando a versão que apresentaram durante as investigações da Polícia Civil. O sargento Antônio Carlos Ferreira de Lima negou ter participado do assassinato.
Na sentença, o juiz Ricardo Procópio detalha que a participação do PM foi confirmada nos depoimentos dos demais acusados. Em seu interrogatório, Luquinha afirmou ter matado o advogado por consideração à amizade que tinha com o sargento Carlos. Já o comerciante Expedito Santos disse ter comprado a arma do crime ao policial militar por R$ 500. De acordo com o comerciante, o sargento também mostrou locais que a vítima frequentava e planejou toda a ação.
Luquinha e o sargento Carlos são apontados na sentença como possíveis integrantes de um grupo de extermínio que atua em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, onde o PM seria conhecido pelo apelido de 'Federal'. "Trata-se, portanto, de alguém que naturalmente incute medo nas pessoas, seja pela função de policial que exerce, seja pelo seu histórico, o que igualmente soma como indício de que, em liberdade, também porá em risco a paz social", diz a sentença do juiz Ricardo Bandeira de Melo.
Fonte: G1/RN

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