O advogado Luiz Gomes, que também preside o diretório estadual do PEN no RN, se reuniu com correligionários essa semana e criticou o avanço da proposta de reforma política com a inclusão do voto distrital sem fortalecimento dos partidos já valendo para o próximo pleito.
De acordo com ele, o chamado "distritão" servirá apenas como uma forma de tentar acabar com os partidos menores e de fortalecer os grandes partidos. "Distritão é a maneira de assegurar a reeleição dos deputados investigados e acabar com partidos menores. Desequilíbrio total na disputa, afronta a democracia e a cidadania", criticou.
O voto distrital permite que deputados federais, estaduais, distritais e vereadores, antes eleitos de forma proporcional considerando os partidos e coligações, passem a ser escolhidos pelo número absoluto de votos, da mesma forma como são eleitos prefeitos, governadores e o Presidente da República.
Outro ponto criticado pelo jurista foi a proposta de orçamento no valor de R$ 3,6 bilhões para custear as campanhas. Para Luiz, uma inversão de prioridades. "A segurança e a saúde do povo brasileiro e potiguar estão pedindo socorro, enquanto políticos fazem farra com o nosso dinheiro. Da mesma forma como despejaram nosso dinheiro em emendas como contrapartida ao arquivamento da denuncia contra o presidente Michel Temer"
A Comissão Especial da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que trata de mudanças no sistema político-eleitoral, retoma hoje (15) a votação das sugestões de alteração ao texto do substitutivo apresentado pelo relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP).
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