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terça-feira, 6 de junho de 2017

Ex-ministro de Temer, Henrique Eduardo Alves é preso pela Polícia Federal no RN

O ex-deputado e ex-ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, foi preso na manhã desta terça-feira 06 em Natal pela Polícia Federal. O peemedebista foi alvo de mais uma fase da Operação Lava Jato ao lado do ex-deputado Eduardo Cunha, que já está preso em Curitiba desde o ano passado.

Próximo ao presidente Michel Temer, Henrique Alves foi seu ministro do Turismo no início do governo. Deixou o cargo ao ser envolvido na Operação Lava Jato. O mandado contra ele é de prisão preventiva, quando não há prazo para que seja liberado.

Alves e Cunha foram alvos nesta manhã da Operação Manus deflagrada para apurar atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal/RN. O sobrepreço identificado chega a R$ 77 milhões.

Segundo informações reveladas pelo canal Globo News, vários mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos na capital potiguar. Um dos alvos é a agência de publicidade Art & C. Novas prisões ainda deverão ocorrer até o fim do desdobramento.

A PF divulgou as seguintes informações:

Cerca de 80 Policiais Federais cumprem 33 mandados judiciais, sendo cinco mandados de Prisão Preventiva, seis mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.

A investigação realizada se iniciou após a análise das provas coletadas em várias das etapas da “Operação Lava Jato” que apontavam solicitação e o efetivo recebimento de vantagens indevidas por dois ex-parlamentares cujas atuações políticas favoreceriam duas grandes construtoras envolvidas na construção do estádio.

A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF, e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal.

Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro.

Sobre o nome da operação, é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra.

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