Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Uma nova estratégia de combate à dengue no país foi anunciada hoje (1º) pelo Ministério da Saúde. De acordo com o ministro José Gomes Temporão, agora serão utilizados cinco critérios básicos: a incidência de casos da doença em anos anteriores, os índices de infestação pelo mosquito, os tipos de vírus em circulação, a cobertura de abastecimento de água e coleta de lixo e a densidade populacional de cada município.
Essa nova ferramenta reforça o caráter intersetorial do combate. A dengue é um problema de saúde pública que não se limita ao setor saúde. É um problema de toda a sociedade. Um problema recorrente que, em um ano melhora, no outro, piora”, afirmou. Desde 2003, o ministério utilizava o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). A partir deste ano, a expectativa é que uma ferramenta denominada Risco Dengue possibilite o fortalecimento imediato de ações de combate à prevenção.
Temporão disse ainda que não há “solução mágica” para o fim da dengue e que apenas uma vacina contra os quatro sorotipos da doença seria capaz de proteger as pessoas de forma mais contundente. “Todas as armas e estratégias são conhecidas, não há nada de novo”, afirmou.
O Risco Dengue tem como base dados já disponíveis em estados e municípios e define as ações a serem realizadas por todas as esferas. De acordo com o ministério, o risco de epidemia aumenta em cidades de maior porte e em regiões metropolitanas que não tenham enfrentado epidemias recentes ou alta circulação do vírus.
A pasta destacou que os estados e municípios deverão manter a realização do LIRAa. A recomendação, inclusive, é que ele seja ampliado de 169 para 354 cidades em todo o país. A divulgação de cada município que aderir ao levantamento está prevista para novembro.
Edição: Aécio Amado
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